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Marqueteiro de Temer critica programa ‘autocrítico’ do PSDB

Elcinho Mouco ironizou o vídeo do PSDB no qual o partido faz uma "autocrítica" por ter participado do "presidencialismo de cooptação"

Por Da redação
19 ago 2017, 18h39
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  • Elcinho Mouco, marqueteiro do presidente Michel Temer, ironizou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso após saber que o tucano deu aval e fez sugestões para o polêmico vídeo do PSDB no qual o partido faz uma “autocrítica” por ter participado do “presidencialismo de cooptação” que seria praticado pelo governo federal.

    “FHC chamou (o governo Temer) pinguela, mas o programa do PSDB é uma pinguela para o passado”, disse Mouco.

    No ano passado, o ex-presidente comparou o governo do presidente Michel Temer a uma ‘pinguela’ (ponte frágil, improvisada).

    Procurado, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) não quis comentar a declaração. As assessorias do PSDB e de FHC foram procuradas, mas não se pronunciaram sobre a declaração de Mouco.

    Tasso já disse anteriormente que não se arrepende do vídeo exibido na quinta-feira, em cadeia nacional, com críticas indiretas ao governo do presidente Michel Temer (PMDB), e com uma autocrítica do próprio partido por “ter aceitado o fisiologismo”. A peça de dez minutos foi alvo de críticas alguns tucanos e intensificou a crise interna na legenda.

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    Por se tratar de uma autocrítica do PSDB, Tasso declarou que “uma determinada polêmica” já era esperada. “À essa altura a polêmica é necessária, a discussão é necessária. Então é bom, porque desperta em todos posições diferentes, e eu acho que a população quer isso”, afirmou.

    Três dos quatro ministros tucanos no governo Temer fizeram críticas duras ao programa veiculado pelo PSDB. Logo após a veiculação, o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy (PSDB-BA), divulgou nota na qual afirma que a peça “ofende fortemente” o partido. Segundo ele, o programa “apresenta colocações rasas, genéricas, e não teve a coragem de apontar os culpados pelos vícios e mazelas que o programa condenou.”

    “A linha adotada no programa partidário ofende fortemente o PSDB, colocando o partido numa posição extremamente ruim e desconfortável, como se fosse o culpado por todos os problemas, inclusive aqueles criados por governos do PT, dos quais foi oposição”, escreveu Imbassahy.

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    Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), ministro tucano das Relações Exteriores, fez 38 publicações em sua conta no Twitter, nas quais critica o conteúdo do vídeo. Segundo ele, o programa é “um monumento à inépcia publicitária” e “a expressão de uma confusão política digna de figurar numa antologia do gênero”. “Em suma, esse programa não me representa. Não participei de sua concepção e em nenhum momento minha opinião foi demandada”, escreveu.

    O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB-PE), também divulgou nota rebatendo as críticas de fisiologismo. Ele afirma que os parlamentares do partido têm votado “em ideias em que acreditam”. Para Araújo, a peça não é justa com a história do partido. “O programa não me representa.”

    (Com Estadão Conteúdo)

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