“Me perdoem”, diz motorista que feriu 20 na Sapucaí
Francisco de Assis Lopes afirmou que foi agredido ao descer do carro. Presidente e diretor da Paraíso de Tuiuti serão intimados a prestar depoimento
Por Leslie Leitão e Luisa Bustamante
Atualizado em 4 jun 2024, 19h22 - Publicado em 27 fev 2017, 18h38
O motorista do carro alegórico que feriu vinte pessoas na Sapucaí na noite de domingo pediu desculpas aos feridos depois de prestar depoimento na 6ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro. Francisco de Assis Lopes, de 53 anos, compareceu à unidade acompanhado dos dois filhos. “Me perdoem, eu só quero pedir desculpas às famílias dos machucados”, declarou à imprensa em sua saída. Aos policiais, Francisco afirmou que foi agredido por integrantes da escola ao descer do carro e deixou o local com medo de ser linchado. O presidente e o diretor de ala da escola de samba Paraíso do Tuiuti, responsável pela alegoria, serão intimados a depor.
Os dois filhos do motorista culparam a escola de samba pelo acidente. “Meu pai não teve culpa. Ele ficou sem visão do que estava acontecendo porque acoplaram um carro na frente do carro dele”, declarou na delegacia Lidiane Isis Lopes, filha do condutor. Ainda segundo ela, as manobras do pai foram feita sob orientação da agremiação: “Subiu uma pessoa no carro pedindo para ele dar ré. Ele só deu ré porque mandaram”, continuou.
O filho, Liverton Lopes, afirmou, ainda, que o pai avisou que estava sem visibilidade e não percebeu que tinha atropelado as vítimas até ouvir a gritaria na avenida. De acordo com ele, é a primeira vez que Francisco conduz um carro alegórico. “Mas ele tem experiência, é caminhoneiro há mais de trinta anos”, disse.
O carro dirigido por Francisco perdeu o controle ao entrar na avenida e prensou pessoas na grade que separa a pista da arquibancada. Alguns feridos ficaram presos nas ferragens e bombeiros tiveram que serrar a grade. Três mulheres ainda estão internadas, um em estado grave, respirando por aparelhos. Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Tuiuti informou que a agremiação vai arcar com os custos do tratamento dos feridos.
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