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Mesmo com atuação da Força Nacional, Ceará vive novo dia de ataques

Número de casos, porém, diminuiu desde o início da ação. Vinte presos ligados a facções serão transferidos para presídios federais

Por Da Redação
Atualizado em 7 jan 2019, 09h15 - Publicado em 7 jan 2019, 08h18
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  • Bombeiros apagam as chamas de um caminhão e um carro incendiados durante a onda de violência que atinge o estado do Ceará, no bairro Conjunto Palmeiras, em Fortaleza - 03/01/2019 (Alex Gomes/O Povo/AFP)

    Mesmo com a atuação de 330 homens e vinte viaturas da Força Nacional de Segurança, o Ceará viveu no domingo mais um dia de tensão e violência, com o registro de 23 ataques criminosos, que começaram já durante a madrugada, com a morte de dois suspeitos de participação em ataques durante troca de tiros com a Polícia Militar.

    No confronto, um PM ficou ferido na mão. De acordo com a polícia, o caso aconteceu após os suspeitos tentarem atear fogo em um posto de atendimento do Detran.

    Estimativa do Ministério da Justiça aponta, no entanto, uma redução no número de casos após a atuação da força federal – de acordo com a pasta, foram 38 casos no sábado 5. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado, 110 pessoas – 76 adultos e 34 adolescentes – já foram presas por envolvimento nos mais de 100 ataques já registrados desde quarta 2.

    Transferência

    Nesta segunda-feira, 7, o Ceará iniciou a transferência de detentos ligados a facções criminosas que atuam no estado, como o Comando Vermelho (CV) e o Guardiães do Estado (GDE), para penitenciárias federais. Um preso já foi transferido e outros dezenove devem ser encaminhados nas próximas horas. Ao lodo, o ministro da Justiça, Sergio Moro, disponibilizou sessenta vagas para presos do Ceará nas unidades federais.

    A Força Nacional se somou à Polícia Militar do Ceará após um pedido do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), a Moro. A partir desta semana, outros cem policiais, oriundos da Bahia, serão enviados pelo governador Rui Costa (PT). Os PMs baianos devem ficar no estado até o dia 20 de janeiro.

    Presídios

    Segundo investigações, a origem dos ataques criminosos estaria ligada ao discurso do titular da recém-criada Secretaria da Administração Penitenciária, Luis Mauro Albuquerque. O secretário afirmou não reconhecer o poder das facções rivais em unidades prisionais distintas e que não iria mais separá-los de acordo com a facção.

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    Até o fim de 2018, membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) estavam na Casa de Privação Provisória de Liberdade 3 (CPPL 3). Integrantes da Guardiões do Estado (GDE), aliados do PCC no Ceará, eram levados à CPPL 2. Já criminosos ligados ao Comando Vermelho, às CPPLs 1 e 4. Presos sem ligação com quaisquer facções estão espalhados pelas unidades.

    Insatisfeitos, os detentos teriam ordenado os ataques. Até domingo, o Ceará contabilizava mais de 100 ataques criminosos a mais de vinte municípios. Ônibus, agências bancárias, delegacias, equipamentos públicos, veículos particulares, postos de combustíveis e supermercados foram atingidos.

    Diante desse cenário, a Secretaria de Administração Penitenciária fez uma operação pente-fino nas cadeias do estado. Ao todo, 407 celulares e centenas de televisores foram retirados das unidades prisionais. Além disso, as unidades CPPL 1 e 3, localizadas em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza, tiveram visitas de familiares suspensas. A medida, segundo a pasta, tem relação com a indisciplina dos detentos.

    Combate ao crime

    O governador Camilo Santana avisou que vai endurecer no combate ao crime e à violência que se agravaram nos últimos dias no estado. “O momento é, mais do que nunca, de união de todas as forças. Governos, Poder Legislativo, Justiça, Ministério Público, OAB e de toda a sociedade civil”, afirmou o governador em mensagem à população. “Serei duro contra o crime”, finalizou.

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    “Por minha determinação, todas as forças de segurança do Ceará [Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, agentes penitenciários e Pefoce] estão em regime permanente de plantão para coibir essas ações, prender os bandidos e proteger a nossa população”, afirmou o governador.

    Apenas do Ceará, serão 29.000 profissionais destinados ao trabalho, de acordo com Camilo Santana. De acordo com ele, o foco é o combate ao combate ao crime organizado, fora e dentro de unidades prisionais. Para o governador, os criminosos têm um objetivo específico: pressionar o estado a recuar nas medidas adotadas. “Não há nenhuma possibilidade de acontecer. Pelo contrário: endureceremos cada vez mais contra o crime.”

    O governador reiterou que haverá uma secretaria especialmente para a atuação nos presídios. Houve o reforço no sistema de segurança com a contratação de quase 10.000 profissionais nos últimos quatro anos e mais 600 foram convocados para atuação imediata. Também foram comprados equipamentos, mais de 2.100 viaturas e ampliado o esquema de tecnologia e inteligência.

    Camilo Santana disse que conversa de forma permanente com os ministros da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, e Defesa, general Fernando Azevedo, para ações conjuntas. “É papel de todos proteger a população, deixando de lado vaidades e interesses pessoais ou partidários”, destacou. “O bem-estar da população do Ceará sempre estará em primeiro lugar e lutarei com todas as minhas forças por isso.”

    (Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

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