Enquanto o governador do estado do Rio, Cláudio Castro (PL) conversar, no Senado, sobre a possibilidade de criação de legislações mais rígidas contra a lavagem de dinheiro, os ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Defesa, José Múcio, e Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, se reuniram na tarde desta quarta-feira, 25, para discutir o envio das Forças Armadas para o Rio. Na última segunda, 23, a prisão e morte de um miliciano desencadeou uma série de ataques a ônibus: 35 foram queimados, além de um trem, em pontos diversos da Zona Oeste da capital fluminense.
Mais cedo, o presidente afirmou que a situação do Rio é um problema do Brasil: ”O problema da violência no Rio de Janeiro, era muito fácil eu ficar vendo aquelas cenas que ontem apareceram na televisão e antes de ontem, que pareciam a própria Faixa de Gaza de tanto fogo e de tanta fumaça, e dizer ‘é um problema do Rio de Janeiro, é um problema do prefeito Eduardo Paes, é um problema do governador Castro’. Não. É um problema do Brasil. É um problema nosso, que nós temos que tentar encontrar a solução ”.
Flávio Dino e José Múcio concordam com a vinda das Forças Armadas, mas para fiscalizar estradas, portos e aeroportos. De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli, a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e prestar auxílio ao Rio, mas sem uma intervenção ou decretação da chamada Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Castro se encontra com José Múcio na tarde desta quarta. As propostas discutidas pelos ministros serão levadas ao presidente.