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Morte de Ágatha foi ‘caso isolado’, diz secretário da PM do RJ

Em pronunciamento ao lado de Witzel, coronel Rogério Figueiredo afirmou que episódio está sendo investigado e que polícia continuará a fazer o seu trabalho

Por Bruna Motta
23 set 2019, 16h52

O secretário da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Rogério Figueiredo, classificou a morte da menina Ágatha Vitória Sales Félix, como um “caso isolado”. A criança de 8 anos foi baleada na sexta-feira 20 dentro de uma kombi no Complexo do Alemão, próximo a um local que era alvo de operação policial. O coronel frisou que o episódio está em investigação.

“Continuaremos a fazer nosso trabalho e combater toda a violência que assola o Rio de Janeiro. Determinei o estudo de caso desse evento para que seja discutido entre todos os comandantes e que sirva como estudo para toda tropa”, afirmou nesta  segunda-feira, 23, em coletiva juntamente com o governador do estado, Wilson Witzel (PSC).

A linha do discurso foi a mesma seguida pelo secretário de estado de Polícia Civil, Marcus Vinicius Braga, que afirmou que a ocorrência não vai mudar a política de segurança do Rio de Janeiro “Não é verdade que estamos causando todas essas mortes. Estamos evitando mortes. Mesmo com intervenção federal, conseguimos um patamar histórico. Não tem momento melhor na segurança publica. Não vamos transformar isso por conta do caso. É covardia. Vamos dar a César o que é de César.”

Ágatha foi atingida, na última sexta-feira, por um tiro quando estava com o avô em uma kombi na favela Fazendinha, no Complexo do Alemão, onde a família mora. Segundo testemunhas, ela estava sentada no veículo quando policiais militares atiraram em uma moto e atingiram o veículo, baleando a criança. Ela chegou a ser levada para a UPA do Alemão e transferida para hospital Getúlio Vargas, mas não resistiu aos ferimentos.

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Assistência

O estado do Rio afirmou que vai dar assistência psicológica, financeira e jurídica, por meio da Secretaria de Vitimização, à família de Ágatha. A secretaria Fabiana Silva de Souza pediu que a situação não seja usada de forma “oportunista”. “Diretos Humanos nada mais é que cumprir o constituição. Que não seja usado por oportunistas”, afirmou. “Peço empatia para ajudar a família da Agatha. A dor de uma mãe vai ver erro em tudo. Mas não veem o esforço que a gente faz para não deixar os filhos caírem no tráfico”, disse Fabiana.
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