O Ministério Público Federal (MPF) acusou onze brasileiros de planejarem formar uma célula da organização terrorista Estado Islâmico (EI) no país. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, a denúncia aponta a tentativa de recrutar pessoal para as operações do EI na Síria e discussões sobre possíveis atentados no Brasil.
Todos os envolvidos responderão por organização criminosa, sendo que cinco deles também foram denunciados pelo crime de corrupção de menores, por terem se envolvido na atração destes para o grupo. De acordo com o jornal, a acusação é baseada em conversas virtuais, por aplicativos e redes sociais, mantidas entre os indivíduos e interceptadas pela Polícia Federal.
Sete chegaram a ser presos nos últimos meses, enquanto a investigação corria sob sigilo, mas apenas dois continuam detidos, um que já cumpria pena por homicídio e participava das conversas por celular de dentro do presídio. O homem, de 23 anos, foi transferido para uma penitenciária de segurança máxima.
A investigação começou depois que a PF foi alertada pela Guarda Civil da Espanha sobre a presença de números de telefone brasileiros em grupos de WhatsApp de simpatizantes da organização terrorista. Em depoimentos, acusados revelaram contatos com terroristas de países como Síria, Líbia e Afeganistão, com quem buscavam aprender “táticas de guerrilha”.