O Ministério Público Federal, por meio da Câmara de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais, enviou ofício ao ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) pedindo “medidas urgentes” de proteção a comunidades indígenas que se “encontram sob graves ameaças”.
A Procuradoria relata que, em Rondônia, grileiros invadiram em 12 de janeiro a terra indígena uru-eu-uau-uau, em Tarilândia e Cabajá, distritos de Jorge Teixeira. Eles também teriam feito ameaças de morte aos indígenas caripunas, que temem pela segurança das famílias “em face do iminente risco de conflito”.
A câmara do MPF também foi informada sobre “dois possíveis ataques em planejamento”. O primeiro deles seria na região da terra indígena xavante de Marãiwatsédé, em Mato Grosso. Segundo o relato, haveria intenções de retomar o território indígena.
O segundo ataque estaria sendo arquitetado contra os guaranis da Ponta do Arado, no bairro Belém Novo, em Porto Alegre (RS). Na madrugada de 14 de janeiro, uma das tribos foi atacada a tiros e os indígenas ameaçados de morte, caso não deixassem a área até domingo 20.
O ofício encaminhado a Moro, assinado pelo coordenador da câmara, subprocurador-geral da República Antônio Carlos Alpino Bigonha, solicita “imediata intensificação da vigilância das comunidades ameaçadas”.