Mpox: Rio foca no monitoramento de sintomas com aumento de casos
Foram diagnosticados 132 casos na capital fluminense neste ano, 16 deles no mês de agosto
Diante de um ligeiro aumento no número de casos registrados da mpox na cidade do Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tem intensificado as medidas de prevenção e monitoramento da doença. De acordo com dados da pasta, neste ano já foram diagnosticados 132 casos na capital fluminense, 16 deles no mês de agosto. Ao todo, desde 2022, quando houve um surto desse tipo de varíola, já foram registrados 1277 casos entre cariocas. O número é pequeno, se comparado a locais na África e na Europa onde o índice de contaminação da doença é mais crítico. Titular da SMS, Daniel Soranz pondera, no entanto, que é importante se antecipar para identificar casos de maneira precoce, justamente para conter a disseminação.
No período de um ano e meio até aqui, foram identificados mais de 3 mil casos suspeitos. Fazem parte dessa lista pacientes que tiveram contato com pessoas infectadas, mas não desenvolveram a doença, e aqueles que manifestavam sintomas similares, mas tiveram outro diagnóstico posteriormente. Desse total, 1277 casos foram confirmados: 1.005 deles em 2022 e 140 casos em 2023, além dos 132 registrados de janeiro até agosto deste ano. A maior parte (95%) não teve a necessidade de hospitalização do paciente. Nenhum óbito pela mpox foi registrado na cidade do Rio.
Secretário municipal de Saúde, Soranz explica que a preocupação “não está ligada apenas ao número de casos”. “É também com o que se vê no cenário internacional. O Rio tem histórico de largar na frente, como foi com a Covid-19 e no cenário mais recente, com a dengue. Há alertas em toda a rede de saúde para que possíveis casos sejam rapidamente notificados, com a identificação precoce dos sintomas. Também há um monitoramento ativo de relatos não só nos prontuários de consultas, mas também nas redes sociais”, explica.
O alerta tem a ver com o potencial de disseminação da doença, que acontece especialmente no contato próximo com uma pessoa infectada — seja sexualmente, por meio de feridas na pele ou por gotículas lançadas pela boca, por exemplo. Uma vez infectado, os sintomas podem se manifestar no período de 16 a 21 dias.
“Por isso, é importante a importante a identificação precoce dos sintomas, de modo a providenciar um isolamento rápido. Os contatos são perigosos, especialmente entre crianças no convívio escolar, por exemplo”, completa Soranz.