Turismo no verão traz à mente praia, sol, corpo bronzeado, roupas leves, chinelos de dedo. Ou não. Nos últimos anos, uma legião de brasileiros vem dando as costas a tudo isso e tomando o avião para o inverno na Europa e nos Estados Unidos com um propósito tão firme quanto propenso a hematomas: esquiar na neve. As agências de viagem contabilizam um aumento de 30% a 40% nas vendas de pacotes para essas estações de esqui só da temporada de 2016 para a deste ano (a alta temporada vai de novembro a abril). Não é de hoje que brasileiros viajam para esquiar, mas o volume de pacotes vendidos indica certa popularização de um hábito considerado de elite. Também representa um desvio, enfim, da rota estabelecida nos primórdios da massificação do turismo, que passa por Orlando, na Flórida, e pelos estrelados resorts à beira-mar.
A bola de neve do turismo gelado não rola agora nas montanhas da Argentina e do Chile, nevadas quando é inverno no Brasil e desde sempre o destino preferencial dos esquiadores brasileiros. Elas vêm sendo substituídas pelas pistas do Hemisfério Norte. Na ponta do lápis, a matemática pesa a favor. “Os pacotes para a América do Sul estão tão ou mais caros do que opções na Europa e nos Estados Unidos, locais em que as condições de neve são muito melhores e há passeios para todos os gostos”, explica Luis Fernando Pegado, dentista de Niterói que já viajou para esquiar mais de trinta vezes e hoje organiza grupos para turismo na neve.
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