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No WhatsApp, Bolsonaro diz que não irá visitar filho na Papuda

Fotógrafo registrou uma imagem do celular de Jair Bolsonaro, em conversa com o filho Eduardo Bolsonaro, no dia da votação para a presidência da Câmara

Por Da redação
Atualizado em 9 fev 2017, 16h27 - Publicado em 9 fev 2017, 10h33

Na eleição para presidente da Câmara, no último dia 2 de fevereiro, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) teve apenas quatro votos e terminou na última colocação entre os seis que pleiteavam o cargo. Ele não teve nem mesmo o voto do filho, Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), que não compareceu à sessão.

No dia da votação, no plenário, o fotógrafo Lula Marques, registrou uma imagem do celular de Jair Bolsonaro. Nele, uma conversa dura com o filho, por meio do aplicativo WhatsApp. Lula Marques cedeu as fotos ao site de VEJA.

O registro começa assim. “Papel de filho da puta que você está fazendo comigo. Tens moral para falar do Renan? Irresponsável (Jair tem um filho chamado Renan)”.

A cobrança continua: “Mais ainda, compre merdas por aí. Não vou te visitar na Papuda”.

O pai ainda se mostra preocupado com o que o filho estaria fazendo naquele momento.

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“Se a imprensa te descobrir aí, e o que está fazendo, vão comer seu fígado e o meu. Retorne imediatamente”.

Somente aí Eduardo Bolsonaro responde para o pai. E não gostou de ser comparado com o meio-irmão.

“Quer me dar esporro tudo bem. Vacilo foi meu. Achei que a eleição só fosse semana que vem. Me comparar com o merda do seu filho , calma lá”.

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A imagem termina com uma pergunta do pai. “Voto em JHC ou João Fernando Coutinho?”

Os Bolsonaro

No ano passado, durante as eleições no Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro deixou outro filho, Flávio Bolsonaro, em uma saia justa, durante um debate em que Flávio se sentiu mal. Na ocasião, ele impediu que o filho fosse socorrido pela adversária, Jandira Feghali (PCdoB). “Essa médica de araque, não. Ela vai dar estricnina para meu filho”, disse ele à época. Jandira o chamou de “fascista”.

No dia seguinte, Jair Bolsonaro disse que seu filho Flavio passou mal porque não ouviu seus conselhos de reduzir reuniões no dia do debate. “Ele tem ficado na rua diariamente de 7h30 até 22h. Também estava tenso. Acabou dando uma broxada na largada”, ironizou, para depois completar: “Paga umas flexões aí”.

A assessoria de Jair Bolsonaro informou que ele deverá se pronunciar sobre a troca de mensagens no WhatsApp nesta quinta-feira e que planeja processar o fotógrafo Lula Marques por ter tornado públicas as informações contidas em seu celular.

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