Brasil

“Nós contra eles”: PT vai dar ‘suporte jurídico’ a influenciadores que apoiarem campanha

Partido vai colocar advogados à disposição de militantes de redes sociais que atuem para defender o governo

Por Hugo Marques SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 4 jul 2025, 09h38 - Publicado em 4 jul 2025, 09h30

Gravação de resposta ao PT elaborada por União Brasil e PP critica gastos do governo Lula - (Instagram/Reprodução)

O PT vai dar “suporte jurídico” para blogueiros e influenciadores digitais que apoiarem a campanha que o partido vem desenvolvendo nas redes sociais para tentar convencer a sociedade de que o governo Lula está empenhado numa guerra contra os ricos e em defesa dos pobres.

O partido e a Fundação Perseu Abramo decidiram lançar o projeto “Pode Espalhar”, voltado “à formação de uma rede articulada de influenciadores digitais alinhados com o governo do presidente Lula”.

Em um comunicado divulgado, foi anunciado que será oferecido suporte jurídico aos influenciadores que atuarem nas redes “em defesa do governo e do partido”. A Fundação Perseu Abramo, ligado ao PT, é sustentada mantida com recursos públicos que a Justiça Eleitoral destina à legenda.

O presidente da Fundação, Paulo Okamotto, afirmou que será formada uma equipe de advogados e orientadores, especialmente durante o período eleitoral, para garantir a segurança jurídica dos militantes. “Vocês podem dizer: o governo do Lula é um governo que eu gosto. Isso não é campanha antecipada. Se precisar de advogado, vocês podem acionar a nossa rede que vamos tentar providenciar orientação ou defesa”, garantiu Okamotto.

Linha da campanha petista é: ‘99% contra 1%’

A iniciativa do PT contou com o aval do presidente nacional do partido, Humberto Costa (PE-PE), do secretário nacional de Comunicação, Jilmar Tatto (PT-SP), e de Paulo Okamotto. O objetivo do “Pode Espalhar” é reunir militantes digitais que já atuam nas redes defendendo o governo. A ideia é criar o que chamam de “Clube de Influência do Time Lula”, com suporte de jurídico e de conteúdo.

Jilmar Tatto disse que a ideia da campanha nasceu com a derrubada no Congresso do projeto do presidente Lula que aumentava as alíquotas do IOF. “O que aconteceu na semana passada na votação do IOF foi o estopim. O que nós queremos é mostrar quem paga a conta no Brasil”, disse o parlamentar. “Nós definimos uma linha que é: 99% contra 1%. Estamos falando de cerca de 150 mil pessoas que vão pagar um pouco mais de imposto para beneficiar 30 milhões”.