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Novo inquérito investiga quatro suspeitos na morte de marido de Flordelis

MP do Rio e Delegacia de Homicídios investigam quatro pessoas ligadas à deputada federal no envolvimento do homicídio do pastor

Por Jana Sampaio e Marina Lang
Atualizado em 24 ago 2020, 19h13 - Publicado em 24 ago 2020, 19h12

O Ministério Público estadual do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MP-RJ), abriu um novo inquérito para investigar a participação de outros quatro suspeitos de participação no assassinato do pastor Anderson do Carmo, morto em 16 de junho de 2019. Em parceria com a Delegacia de Homicídios de São Gonçalo e Niterói, a força-tarefa apura o envolvimento de pessoas ligadas à deputada federal Flordelis (PSD-RJ), apontada como mandante do homicídio do marido.

O primeiro suspeito é o pastor Gerson Conceição Oliveira, lotado como secretário parlamentar no gabinete de Flordelis desde julho do ano passado, um mês após a morte de Anderson, e que recebe 15.698,32 reais. Além de Gerson, são investigados ainda Márcio da Costa, conhecido pelo apelido “Buba”, que trabalha como motorista de Flordelis e é pré-candidato a vereador pelo PSD. A neta da parlamentar, Lorrane Oliveira Santos e a empregada doméstica que trabalhava na residência onde o casal e os filhos viviam também são alvo do novo inquérito.

Nesta segunda, 24, após a Operação Lucas 12, que determinou a prisão de onze pessoas — duas delas já presas desde o ano passado –, o PSD do Rio informou que adotará as medidas pertinentes ao caso.

Entenda o caso: 

A deputada também foi apontada como organizadora dos crimes de rachadinha e nepotismo em seu gabinete, em Brasília. Segundo os promotores do Ministério Público estadual do Rio de Janeiro, a parlamentar e o pastor ficavam com parte dos salários dos funcionários.

Um dos assessores de Flordelis é André Luiz de Oliveira, filho socioafetivo (quando uma adoção não é concluída judicialmente) do casal, nomeado em agosto de 2019 como secretário parlamentar, dois meses após a morte de Anderson. André recebia 15.698,32 reais oficialmente, mas repassava mais de 11 mil reais para a deputada, segundo as interceptações telefônicas realizadas pelo MP e pela Polícia Civil. Assim como André, Carlos Ubiraci Francisco da Silva, também adotado socioafetivamente pela cantora gospel e pelo pastor, ganhava o mesmo vencimento e está lotado no gabinete desde a agosto do ano passado. Ambos foram presos nesta segunda, 24, por participação no crime.

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