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‘Nunca mais Bolsonaro terá minha solidariedade’, diz Otoni de Paula após perder eleição na bancada evangélica

Deputado culpa o ex-presidente pela derrota para Gilberto Nascimento

Por Ludmilla de Lima Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 fev 2025, 17h31 - Publicado em 26 fev 2025, 16h51

Derrotado na eleição para líder da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) culpa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo resultado nas urnas. Na noite de ontem, terça-feira, integrantes da poderosa bancada no Congresso elegeram Gilberto Nascimento (PSD-SP) para a presidência. O emedebista, pastor da Assembleia de Deus de Madureira, vinha sendo fortemente atacado por Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, devido a uma aproximação com o governo Lula.

Nessa “guerra santa” entre bolsonaristas e não bolsonaristas, acabou ganhando a corrente ligada ao ex-presidente. A VEJA, Otoni disse, nesta quarta 26, que a campanha contra ele o afasta de vez de Bolsonaro. “Foi a eleição do medo. Eu fui o cara mais aliado do Bolsonaro. Mas, por pensar diferente, fui eleito inimigo e adversário dele. E aí os outros deputados pensam: imagina o que vai ser de mim”, diz ele, referindo-se a parlamentares que acabaram votando em Nascimento, segundo ele, sob pressão. 

Desde a campanha municipal, quando apoiou a reeleição de Eduardo Paes (PSD) contra Alexandre Ramagem (PL), Otoni virou alvo de ataques de bolsonaristas. O ex-vice líder do governo Bolsonaro, então, passou a se definir como um ex-bolsonarista. Em outubro do ano passado, ele encontrou Lula no Palácio do Planalto, com direito a elogios ao petista, aprofundando o racha na bancada e a irritação do clã Bolsonaro. “A ameaça (de Bolsonaro) está clara quando ele fala que ao votar no Otoni o deputado dá um voto de traição. E, nesse caso, terá que pedir em 2026 votos para Lula, e não para ele”, afirma o deputado do MDB do Rio, que, na semana passada, chegou a postar um vídeo em defesa do ex-presidente no caso da denúncia de golpe de Estado da Procuradoria-Geral da República (PGR). “Nunca mais Bolsonaro terá minha solidariedade para nada”, dispara o parlamentar, dizendo que hoje não repetiria o gesto. 

Chamado de “mais novo comunista gospel” pela ala de Malafaia, Otoni nega que a decisão de se afastar de vez de Bolsonaro o aproxima de Lula. “Meu candidato, até então, podia ser Bolsonaro. Mas me mantenho com Ronaldo Caiado. Foi sacanagem o que fizeram. Tenho amor próprio”, completa ele, que diz concorrer no ano que vem a deputado novamente, e não ao Senado, como chegou a cogitar. Otoni recebeu 61 votos para a liderança da FPE e perdeu a eleição — a primeira da história da frente evangélica, já que a escolha para presidente sempre acontecia em acordo —, num placar de 117 votos a favor de Nascimento. No dia da decisão, a deputada Greyce Elias (Avante-MG) foi convencida a retirar sua candidatura para apoiar o político do PSD.

 

 

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