Principal governador do PL no país, Cláudio Castro, mandatário do Rio, passou esta quinta, 8, em Salvador, na abertura do Carnaval na capital baiana. O dia foi nevrálgico para o partido do mandatário: o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, foi preso em operação que investiga suspeita de tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023.
O cenário eleitoral no estado, para o pleito de 2024, se torna cada vez mais incerto com as ações da Polícia Federal: primeiro, a que investiga a existência de uma suposta “Abin paralela”, sob o comando do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), até agora pré-candidato do partido à sucessão estadual; segundo, a que resultou nos mandados cumpridos nesta quinta-feira, 8, pela Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministos e militares.
As ações ocorreram depois de decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. No Rio, atingiram em cheio a já combalida pré-candidatura de Ramagem e, de forma mais ampla, a garantia que o PL mantinha de lançar candidato para as próximas eleições na capital. Mesmo para o emedebista Otoni de Paula, segundo fontes ligadas ao parlamentar, pré-candidato pelo partido, a defesa extrema do bolsonarismo tenderá a ser revista, caso mantenha sua tentativa de se eleger prefeito da capital.
Já pulverizada, a direita do Rio se dividiu de vez diante do cenário trazido pela operação da PF. Sem uma diretriz clara, e diante do fato de que o berço do bolsonarismo está no alvo das investigações do STF, o PL ainda não tem nome para 2024. E pode não ter, segundo fontes do partido.