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Obstetriz de 27 anos é morta com 16 facadas; namorado é suspeito

Alunos do curso de obstetrícia da Universidade de São Paulo (USP), onde a vítima estudou, divulgam carta de repúdio e pedem apuração rigorosa de feminicídio

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 21 Maio 2018, 21h57 - Publicado em 20 Maio 2018, 19h45

A obstetriz Nelly Cristina Venite de Souza Maria, de 27 anos, foi assassinada com 16 facadas, neste sábado, 19, na quitinete em que morava, em Conchal, interior de São Paulo. O suspeito do crime é o namorado da jovem, que morava em frente e está foragido. Ele foi visto fugindo do local do crime, no bairro Porto Seguro, usando o carro da vítima. A Polícia Civil trata o caso como de feminicídio e está à procura do suspeito, que não teve o nome divulgado.

Conforme o relato de uma vizinha, ela ouviu gritos de socorro vindo do apartamento de Nelly e entrou em contato com a Polícia Militar. Antes da chegada dos policiais, os gritos cessaram, e o suspeito deixou o apartamento e pegou o automóvel dela para fugir do local. Segundo as testemunhas, havia um outro rapaz no carro. Os policiais encontraram Nelly já morta, com ferimentos na cabeça, tórax e braços. Ela também tinha sinais de estrangulamento. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Limeira.

Alunos do curso de obstetrícia da Universidade de São Paulo (USP), onde Nelly se formou, usaram as redes sociais para manifestar pesar pela morte e repudiar o crime. Conforme a postagem, Nelly tinha uma história de luta pela humanização do parto. “A dor que sentimos hoje pelo crime de feminicídio que interrompeu sua vida também é a dor pela perda de uma companheira, ativista que fortaleceu o ideal de uma profissão que luta pelo fim da desigualdade de gênero e da violência contra mulheres”, diz a carta, assinada pelo Associação de Alunos e Egressos do Curso de Obstetrícia da USP e pela Casa Angela – Centro de Parto Humanizado.

Nelly trabalhava no Hospital e Maternidade Madre Vannini, em Conchal. A obstetriz é uma profissional graduada para acompanhar gestações, partos e pós-parto de risco habitual ou baixo risco.

Leia abaixo a carta de repúdio da associação de alunos de Obstetrícia da USP:

 

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