Um dos delatores da Odebrecht, executivo Hilberto Mascarenhas, que trabalhou na empreiteira por 40 anos, entregou à Operação Lava Jato, uma tabela com o valor total movimentado pelo Setor de Operação Estruturadas, o departamento de propina da empreiteira. Reportagem no site do jornal O Estado de S.Paulo, informa que apenas entre 2006 e 2014, foram girados aproximadamente US$ 3,37 bilhões.
Os anos de 2012 e 2013 tiveram a maior movimentação de recursos ilícitos: US$ 730 milhões. Em 2014, ano da deflagração da Lava Jato, o setor diminuiu os repasses, chegando a US$ 450 milhões. Em 2006, o executivo relatou, estava na tesouraria da Odebrecht S.A sem programa específico, quando foi ‘intimado’ por Marcelo Odebrecht, que na época era o presidente da Construtora Norberto Odebrecht, para assumir a área de Operações Estruturadas, subordinada a ele.
Ainda segundo o executivo, a área fazia duas formas de pagamentos: em espécie no Brasil e em depósito bancário em contas no exterior. Os repasses no país eram entregues em ‘pacotes/mala de dinheiro em locais predeterminados’. As transferências bancárias no exterior eram feitas a partir de offshores.