A construtora Odebrecht pretende fechar acordos de delação e leniência em pelo menos oito países latino-americanos. A contrapartida é a garantia de que a empresa possa continuar atuando nessas localidades, de acordo com reportagem publicada pela Folha de São Paulo.
Em uma reunião em Brasília, representantes da construtora fizeram uma apresentação sobre os acordos de leniência a chefes do Ministério Público de Argentina, Colômbia, Equador, México, Panamá, Peru, República Dominicana e Venezuela. A empreiteira é investigada em todos esses países. Procuradores de Portugal e Chile também estiveram presentes, ainda que não haja investigações em andamento nesses países.
Entre os pontos ressaltados pelo grupo, para que os acordos evoluam, está a não responsabilização dos compradores de ativos da empresa por atos ilícitos praticados no passado.
A empresa vive a situação mais crítica no Peru, já que no último dia 17 o governo determinou o embargo dos bens da construtora no país. Os valores somam R$ 142 milhões. O presidente Pedro Pablo Kuczynski já disse que a construtora deveria deixar o país.