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Operação da Polícia Civil prende 149 integrantes da maior milícia do Rio

Prisões foram feitas em um sítio, onde os milicianos do grupo, conhecido como Liga da Justiça, participavam de uma festa durante a madrugada

Por Agência Brasil
Atualizado em 7 abr 2018, 17h02 - Publicado em 7 abr 2018, 16h46
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  • A Polícia Civil prendeu 149 pessoas — entre elas sete menores de idade — da maior milícia do Rio de Janeiro em operação realizada neste sábado. Outras quatro pessoas morreram em confronto com policiais.

    O grupo, conhecido como Liga da Justiça, é considerado o maior e mais perigoso em ação no estado. Além de cometer assassinatos e cobrar taxas ilegais de segurança a moradores, os milicianos possuem acordos com traficantes para a venda de drogas e para o roubo de cargas nos territórios sob seu controle.

    Os policiais fizeram as prisões em um sítio, onde o grupo participava de uma festa na madrugada deste sábado. A Liga da Justiça, que tem como base Campo Grande, expandia suas atividades para municípios como Itaguaí e Seropédica e para cidades da Costa Verde do estado do Rio de Janeiro.

    Cerca de 40 policiais civis participaram da ação e foram recebidos a tiros por seguranças de Wellington da Silva Braga, o Ecko, apontado como chefe da milícia, que estava no local, mas conseguiu fugir.

    Os presos responderão por crimes como organização criminosa, formação de quadrilha, receptação de veículos e porte ilegal de armas de fogo. Os detidos foram transportados em ônibus para a Cidade da Polícia, de onde devem ser encaminhados para o Complexo Penitenciário de Bangu. Há policiais militares entre os presos — o número exato de agentes de segurança pública entre os participantes ainda não foi divulgado.

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    Como resultado da operação, a Polícia Civil prevê que a incidência de letalidade violenta na Baixada Fluminense e zona oeste seja reduzida, já que as prisões foram consideradas “um forte baque” na quadrilha.

    O delegado assistente da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), Fábio Salvadoreti, afirmou que a milícia atuava de “forma sanguinária”, executando pessoas com as quais seus membros tinham desavenças e extorquindo dinheiro de moradores e comerciantes. “Se a pessoa resolve não pagar a taxa que eles acreditam que lhes é devida, eles exterminam”.

    O secretário estadual de Segurança Pública, general Richard Nunes, elogiou a ação dos policiais civis e informou que outras ações estão planejadas em curtíssimo prazo.”Essa foi uma semana muito exitosa para a segurança pública do nosso estado, a intervenção federal começa a apresentar resultados positivos”, disse Nunes.

    O chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, destacou que nenhum policial foi ferido na operação. “Não vamos diminuir nossa força. Vamos atuar incessantemente contra a milícia”, disse Barbosa.

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