Operação deixa oito mortos na favela da Rocinha
Polícia Militar afirma que o Batalhão de Choque fazia patrulhamento de rotina quando entrou em confronto com criminosos
Uma operação da Polícia Militar do Rio de Janeiro na favela da Rocinha terminou com ao menos oito mortes na manhã deste sábado. Segundo a PM, policiais do Batalhão de Choque entraram em confronto com criminosos quando faziam patrulhamento de rotina. “Sete criminosos feridos foram socorridos ao Hospital Miguel Couto, mas não resistiram aos ferimentos“, afirmou o perfil da PM no Twitter. Mais tarde, o número de vítimas fatais foi atualizado para oito. Foram apreendidos um fuzil, sete pistolas e duas granadas.
A Delegacia de Homicídios do Rio (DH), órgão ligado à Polícia Civil, abriu investigação sobre as mortes. Os policiais militares estão sendo ouvidos na DH. As armas dos policiais militares envolvidos no tiroteio serão apreendidas.
Nas redes sociais, moradores lamentavam mais uma dia de violência na favela: “Infelizmente o dia começa ‘normal'”, disse conformado um morador. “Que nenhum inocente seja morto, porque só por Deus mesmo, sábado às 6 horas da manhã acordar desse jeito”, lamentou outra moradora em uma das páginas da comunidade.
“Estava vindo do trabalho agora e tive que me jogar no chão da van junto com o motorista (…) na rua, os policiais dando tiro, sensação ruim, meu Deus”, informou outra.
Alguns comentários nas redes sociais citavam a morte do policial Filipe Santos de Mesquita, da UPP Rocinha, no dia 21, como o motivo da incursão dos PMs neste sábado, em busca dos responsáveis pelo assassinato. A PM, porém, não se manifestou sobre se isso seria apenas uma especulação ou se seria verdade.