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Pesquisa AtlasIntel: 72% dos brasileiros querem intervenção federal no Rio

Levantamento foi feito após assassinato de médicos, na praia da Barra; Medida já havia sido anunciada pelo Ministério da Justiça, mas foi suspensa

Por Ricardo Ferraz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 out 2023, 18h48 - Publicado em 6 out 2023, 18h15

Uma interevenção federal no Rio de Janeiro, com envio de tropas da Força Nacional de Segurança (FNS)  é apoiada por 72,5% da população, segundo uma pesquisa da AtlasIntel realizada após o assassinato de três médicos na praia da Barra da Tijuca, na madrugada da quinta-feira, dia 05. Apenas  20,8% dos entrevistados se colocaram contra a medida e 10% disseram não saber.

Uma intervenção federal no estado, nos moldes do que foi feito em fevereiro de 2018, sob o governo de Michel Temer, não está no horizonte nesse momento, mas reforço das tropas federais na segurança do Rio de Janeiro já havia sido anunciado no dia 02 de outubro, pelo minsitro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. A iniciativa foi tomada antes, portanto, da execução dos profissionais da saúde.

A iniciativa é uma resposta à divulgação de imagens de criminosos ocupando vastas áreas da favela da Maré, incluindo um centro de práticas desportivas que era usado por quadrilhas para treinamentos de guerrilha urbana e enfrentamento à polícia.

O envio dos soldados, no entanto, foi suspenso depois que o Ministério Público Federal questionou a pasta da Justiça quanto à implantação da medida. Os procuradores indagaram  se as tropas irão seguir a determinações da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo o uso de câmeras nas operações, protocolos para garantir o funcionmento das atividades escolares e justificativas para entrada em domicílios sem mandado judicial.

A última grande operação promovida pela polícia civil do Rio, na favela do Jacarezinho, em maio de 2021, terminou com 24 mortes. Muitos moradores denunciaram abusos por parte da polícia, o que gerou  críticas de  grupos de direitos humanos e da defensoria pública.

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Hoje, o governador do estado, Claudio Castro e o secretário executivo do ministério, Ricardo Capelli, se reuniram para tratar da cooperação entre as duas esferas de governo. Castro classificou a atuação do crime organizado no Rio como “uma verdadeira máfia, que se espalha” pelo país.

“É um problema do Brasil e temos que parar de achar que é pontual. Só conseguiremos ter sucesso no combate à criminalidade se for um combate de todos: estados, governo federal e prefeituras. Não estamos falando mais de uma briga de milicianos e traficantes. Estamos falando de uma verdadeira máfia, uma máfia que tem entrado nas instituições, nos poderes, nos comércios, nos serviços e no sistema financeiro nacional”, disse o governador. 

A pesquisa também mostra que 71.1% dos entrevistados consideram que a responsabilidade para enfrentar o problema é dos governos federal e estadual em pé de igualdade. Quase 20% atribuem a missão exclusivamente ao governo federal e somente 9% ao governo estadual.

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Quanto à autoria e motivação do assassinato dos médicos, 22,4% acreditam que o crime teve um mandante e caráter político e 13,3% dizem que houve mandante, mas não a relação com a política.

A principal linha de investigação, contudo, aponta na direção de um equívoco por parte dos assassinos, que teriam confundido uma das vítimas com um miliciano rival. Nesta sexta-feira, a polícia encontrou quarto corpos de integrantes de uma quadrilha que são apontados como sendo os autores das mortes.  O governador garantiu que as investigações do caso prosseguem.

O levantamento AtlasIntel, foi realizado nos últimos dois dias, ouviu 1 200 pessoas, por meio de formulário online. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

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