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PF desmonta plano de facção para executar atentados e matar agentes

Setores de inteligência identificaram bilhetes com ordens de líderes articulando ação criminosa

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 11 out 2018, 15h30 - Publicado em 11 out 2018, 12h27
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  • Os setores de inteligência da Polícia Federal (PF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) informam ter mapeado e desarticulado um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para realizar atentados contra agentes e explodir bombas em prédios públicos do Brasil. Um dos alvos seria a sede do próprio Depen, em Brasília.

    De acordo com a PF, com base na análise de bilhetes apreendidos pelos agentes do Depen foi possível interceptar ordens de líderes da facção que, de dentro da penitenciária federal de Porto Velho, em Rondônia, articulavam a ação criminosa.

    A investigação do caso deu origem às operações Pé de Borracha e Morada do Sol, deflagradas nesta quinta-feira 11. Estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, três deles em celas da penitenciária e um imóvel de Porto Velho. Também serão proibidas as visitas íntimas para os alvos e eles serão incluídos no regime disciplinar diferenciado, o RDD.

    A Pé de Borracha, a partir da análise da comunicação entre os presos, identificou um plano de usar explosivos em unidades prisionais. O propósito, segundo a PF, era desestabilizar o Sistema Penitenciário Federal, em especial o Depen.

    A Morada do Sol, segundo a polícia, mira o plano do PCC de sequestrar, torturar e assassinar agentes públicos para pressionar o governo federal e o Supremo Tribunal Federal (STF) a liberar as chamadas visitas íntimas nos presídios federais. Essas visitas estão suspensas desde julho de 2017.

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    “As investigações identificaram que a facção criminosa já havia realizado o levantamento da rotina e atividade de diversos servidores públicos fora do ambiente de trabalho para serem sequestrados e/ou assassinados em seus momentos de folga”, disse a PF por meio de nota.

    Os investigadores descobriram que a comunicação entre os presos se dava por meio de bilhetes repassados entre as celas pelas chamadas “terezas” – pequenas cordas criadas a partir de fios retirados de roupas.

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