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Polícia Civil indicia João de Deus e mulher por posse ilegal de armas

Segundo delegada, médium alegou que artefatos estavam em sua posse para fazer um 'bem para a comunidade'

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 10 jan 2019, 15h35 - Publicado em 10 jan 2019, 15h07

O médium João de Deus e sua mulher, Ana Keyla Teixeira, foram indiciados por posse ilegal de armas pela Polícia Civil de Goiás. A informação foi confirmada pela delegada Karla Fernandes nesta quinta-feira, 10, durante coletiva de imprensa em Goiânia.

A medida encerra a força-tarefa da polícia. Todos os procedimentos sobre o médium, segundo a delegada, foram encaminhados ao Poder Judiciário. Ela também informou que o médium foi indiciado por violação sexual mediante fraude por um crime cometido há três anos contra uma vítima que mora em São Paulo.

As armas foram encontradas na residência de João de Deus em Abadiânia (GO), espalhadas no quarto do médium, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão no dia 18 de dezembro. Na ocasião, as autoridades apreenderam dois revólveres de calibre .32, um de calibre .38, uma pistola .380, com capacidade para 12 tiros, e uma garrucha calibre .22, que tinha a numeração raspada.

Na quarta-feira 9, o médium foi ouvido no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia, onde está preso desde o dia 16 de dezembro. De acordo com a delegada Karla Fernandes, João de Deus alegou que as armas estavam sob sua posse porque ele estava fazendo um “bem para a comunidade”.

Entre as justificativas, ele sustentou que pegou uma das armas de uma pessoa que ia se suicidar; outra de uma mulher que pretendia matar o marido e a amante; outra teria sido trocada por pedras em um garimpo; e outra teria sido entregue a ele por um garimpeiro. Sobre a quinta arma, alegou não se recordar da origem.

Também nesta quarta-feira, João de Deus virou réu em ação no qual é acusado por violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável. Neste caso específico, ele foi denunciado pela prática do crime contra quatro vítimas. O Ministério Público contabiliza ter recebido cerca de 600 relatos de abusos de pessoas do Brasil e do exterior.

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