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Polícia faz operação contra milícia no Rio e prende 12 pessoas

Ação pretende desmantelar braço financeiro do grupo conhecido como Liga da Justiça; ontem, MP do Rio pediu libertação de 138 presos em outra operação

Por Agência Brasil Atualizado em 25 abr 2018, 10h19 - Publicado em 25 abr 2018, 10h08

Policiais civis fazem nesta quarta-feira, 25, uma operação para desarticular o braço financeiro da milícia Liga da Justiça, principal grupo paramilitar que atua na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o grupo atua em vários campos como o transporte ilegal em vans, venda de gás e combustíveis, retirada irregular de barro e comércio de mercadorias falsificadas.

Os policiais tentam cumprir um número ainda não informado de mandados de prisão já emitidos anteriormente. Um dos principais alvos de hoje é Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko, apontado como o chefe da milícia. Até as 9h de hoje, doze pessoas tinham sido presas.

Várias delegacias especializadas e distritais participam da operação. Além disso, órgãos governamentais responsáveis pela fiscalização dessas atividades econômicas também auxiliam a Polícia Civil, como a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro).

A Liga da Justiça é uma das maiores quadrilhas que atuam no estado do Rio. A milícia, que controla várias favelas da zona oeste e da Baixada Fluminense, foi alvo de uma operação que resultou na prisão de 159 pessoas em uma festa na zona oeste na semana passada.

Presos

O Ministério Público (MP) do Rio pediu à Justiça a libertação de 138 pessoas que haviam sido presas em uma operação contra a Liga da Justiça no último dia 7 de abril, quando foram detidas um total de 159 pessoas. O pedido foi feito nesta terça-feira pela 20ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal, que não viu provas efetivas que permitam denúncias contra a maior parte das pessoas, detidas durante uma festa em um sítio na Zona Oeste, onde havia integrantes armados de milícia.

As famílias dessas pessoas vêm realizando, desde então, diversos protestos contra as prisões, alegando que a maioria tinha emprego fixo e não participava de nenhum grupo miliciano, mas estaria no sítio apenas por causa de uma festa com grupos de samba e pagode.

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