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Polícia prende um dos chefes do tráfico na Rocinha

Alberto Ribeiro, o ‘Cachorrão’, atuava com Rogério 157 no comando de distribuição de drogas na favela

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 4 jun 2024, 19h39 - Publicado em 10 nov 2017, 19h00
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  • O traficante Alberto Ribeiro Santanna, conhecido como “Cachorrão” e apontado como chefe do tráfico na Favela da Rocinha ao lado de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, foi preso nesta sexta-feira. A favela na Zona Sul do Rio de Janeiro está sob clima de disputa pelo tráfico há dois meses, desde que um grupo, a mando de  Nem, ex-chefe do comércio ilegal na comunidade, invadiu o morro para tirar Rogério 157 e seus comparsas do controle do tráfico.

    A polícia não informou as circunstâncias da prisão, efetuada em uma grande operação. Cachorrão já foi condenado por roubo e tráfico de drogas e possui anotações criminais por associação ao tráfico, lesão corporal e dano ao patrimônio público, entre outras. Chegou a ser preso em 2009 e ganhou liberdade provisória em 2013. Cachorrão era segurança de Rogério e foi subindo na hierarquia do crime, chegando ao posto de braço-direito – hoje, dividia o comando na favela, segundo investigações.

    O lucrativo comércio de drogas da Rocinha é alvo de cobiça desde os anos 1980, quando começaram os embates sangrentos no morro. O último “dono” antes de Rogério 157 foi Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, preso em 2011. Foi nessa época que Rogério ascendeu.

    Quando houve a invasão da Rocinha por homens de Nem no dia 17 de setembro, o bando de Rogério fugiu, mas ainda manteve seu domínio, segundo moradores do local. Os criminosos estavam sendo procurados desde então em operações na própria favela, na área de mata, no entorno e também em comunidades de outras regiões do Rio.

    O clima de tensão fez com que o governo do Rio pedisse ajuda às Forças Armadas. Equipes do Exército, Marinha e Aeronáutica permaneceram uma semana na Rocinha e depois voltaram pontualmente. Também auxiliaram em buscas fora do morro.

    Na manhã do dia 23 de outubro, com o clima ainda instável, a turista espanhola Maria Esperanza Jimenez foi morta a tiros ao passar de carro, na saída de um passeio turístico, por um grupo de policiais militares que patrulhavam a Rocinha.

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