Polícia suspeita que mortes no Rio sejam ‘queima de arquivo’
Cinco assassinatos na Baixada Fluminense registrados nos últimos dois dias podem ter relação com a operação que prendeu 85 pessoas, entre PMs e traficantes
A Polícia Civil do Rio suspeita que cinco assassinatos registrados na Baixada Fluminense nos últimos dois dias sejam “queimas de arquivo” relacionadas à Operação Calabar — que na última quinta-feira, prendeu 85 pessoas, entre policiais e traficantes, acusados de participar de esquema de corrupção do Batalhão da Polícia Militar de São Gonçalo.
Nesta segunda-feira, um jovem foi encontrado decapitado na Estrada do Coelho, na Vila Candoza, em São Gonçalo. Ele vestia apenas uma bermuda e sua cabeça estava a centímetros do corpo.
As mortes estão sendo investigadas pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, sediada em Niterói. “Todos eles [foram mortos] de uma forma bem estranha. É cedo para falar se eles eram delatores ou informantes da PM, mas a gente trabalha com todas as hipóteses”, afirmou à TV Globo o delegado Marcus Amim.
PMs se entregam
Nesta segunda-feira, apresentaram-se à Polícia Civil sete policiais militares que atuavam no 7º Batalhão (São Gonçalo) e eram procurados desde sexta-feira. Seis foram à Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, em Niterói. O outro se entregou na Polinter, no Rio. Agora restam cinco policiais foragidos. Todos são acusados de receber propina de traficantes para permitir o tráfico de drogas.
(Com Estadão Conteúdo)