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Policial que matou turista na Rocinha recebe liberdade provisória

O tenente recebeu liberdade provisória em audiência de custódia realizada nesta terça-feira (24)

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 21h13 - Publicado em 24 out 2017, 16h43
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  • O tenente da Polícia Militar (PM) que efetuou o disparo que matou uma turista espanhola na favela da Rocinha, Zona Sul do Rio, recebeu liberdade provisória nesta terça-feira (24), em audiência de custódia no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), mas foi afastado das ruas e responderá por homicídio, informou a Corte.

    O tenente foi preso na segunda-feira (23), junto a outro policial militar depois que Maria Esperanzauma espanhola de 67 anos, foi morta dentro de um carro de transporte de turistas. O motorista teria furado um bloqueio policial, motivo pelo qual o veículo foi alvejado, segundo a PM. O segundo policial preso também foi liberado.

    De acordo com a Polícia Militar, os agentes envolvidos no caso não respeitaram os procedimentos que devem ser usados em situações em que veículos desobedecem ordens de parada feitas por policiais. A Corregedoria da PM abriu um inquérito para investigar o ocorrido.

    Em audiência de custódia realizada nesta terça-feira no TJRJ, o juiz Juarez Costa de Andrade argumentou que não há justificativa para a manutenção da prisão.

    “Neste contexto, se, de um lado, o trágico acontecimento repercutiu nesta capital e no mundo, fato é que o custodiado estava trabalhando, possui imaculada ficha funcional, não havendo indícios de que solto possa reiterar o comportamento criminoso ocorrido à luz do dia”, afirmou o magistrado na decisão, acrescentando que o PM deve ser afastado do exercício de policiamento ostensivo, além de ficar proibido de manter contato com testemunhas, inclusive com colegas que participavam da ação na Rocinha.

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    A Rocinha, uma das maiores favelas do Rio de Janeiro, tem vivido há mais de um mês confrontos violentos devido a uma guerra de traficantes rivais, que disputam um território dominado pelo tráfico. As Forças Armadas já foram acionadas para intervir na comunidade duas vezes nesse período, mas nem as tropas federais nem as forças de segurança do Estado conseguiram controlar a situação.

    Antes da morte da turista espanhola, dois policiais militares ficaram feridos em um confronto com suspeitos dentro da favela também na segunda-feira. Desde o início da disputa pelo comando do tráfico de drogas na Rocinha, ao menos 11 pessoas morreram em virtude da disputa.

    (Com Reuters)

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