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Por que as operações policiais aumentam em período eleitoral

Um novo levantamento mostra um avanço consistente desta prática

Por Gustavo Silva 30 set 2022, 15h24
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  • AME1949. RÍO DE JANEIRO (BRASIL), 24/05/2022.- Policía militar vigila cerca de la entrada a la favela Vila Cruzeiro tras un operativo policial hoy, en Río de Janeiro (Brasil). Una operación para la captura de narcotraficantes de un poderoso grupo criminal dejó este martes al menos 11 muertos en un complejo de favelas en Río de Janeiro, un año después de que la acción policial más letal de la ciudad acabó con la vida de 28 personas. EFE/André Coelho
    Policiais militares vigiam a entrada da favela Vila Cruzeiro após uma operação policial no Rio de Janeiro - (André Coelho/EFE)

    A cada período eleitoral, a segurança pública registra em todo o país uma subida no número de operações policiais. Mas, este ano, o dado chamou atenção na comparação com os do último pleito, em 2020: o avanço das ações da polícia foi de 18%, segundo revelado no boletim “Raio-X das ações de policiamento”. O estudo extraiu informações de 16 observatórios de segurança nos estados de São Paulo, Pernambuco, Bahia, Ceará e Rio de Janeiro. 

     

    Uma das conhecidas razões para a escalada das operações em janelas eleitorais diz respeito à própria política. Elas são, afinal, uma resposta visível ao sentimento de insegurança da população. “Não há dúvidas de que essa linha de ação aparece mais intensamente em contextos como o que estamos vivendo agora, já que as autoridades dos estados, em busca de reeleição, estão em pleno momento de angariar votos”, avalia o especialista Paulo Nunes, coordenador do Centro de Estudos de Sociedade e Cidadania, da Universidade Cândido Mendes.

    Como mostra a experiência, operações policiais, embora necessárias no combate ao crime, nem sempre alcançam o objetivo porque se convertem em confrontos bélicos com a bandidagem, sem resultado prático. No Rio, onde a questão da segurança reúne características bastante peculiares, com vastas áreas do território dominadas por tráfico e milícias, a situação não se alterou muito nas últimas três décadas.

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    A Polícia Militar no Rio de Janeiro, por meio de seu porta-voz, rebate as conclusões da pesquisa, ao afirmar que a análise numérica das ações policiais não leva em consideração a alta da demanda e a movimentação dos criminosos, o que justificaria o aumento delas. “Os marginais veem em eleições uma brecha de oportunidade para agir, sob a crença de que a polícia irá frear as ações de repressão ao crime, daí a necessidade das operações”, diz o tenente-coronel Ivan Braz.

    Para tirar o crime de cena, algo urgente dado que ele se alastra, o caminho passa por uma cirurgia muito mais profunda, que passa por uma tropa bem treinada e comprometida e uma remodelação das políticas públicas, segundo reforçam os especialistas. Embora visíveis, certamente que as operações são apenas um aceno pontual – e muitas vezes mal sucedido.

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