Professores da rede federal aceitam proposta e suspendem greve
Docentes de universidades e institutos federais de educação estavam parados desde 15 de abril
Professores do ensino básico e técnico aceitaram a proposta do governo para reajuste de salários e anunciaram a suspensão da greve nos institutos federais de educação. A decisão foi tomada em uma reunião do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) neste sábado, 23.
A proposta inclui os técnicos-administrativos da rede federal de ensino e foi aprovada por 89 votos a 15. Houve seis abstenções. Segundo o Sinasefe, os servidores vão retomar as atividades assim que os Termos de Acordo forem assinados, o que deve acontecer nesta semana.
O acordo prevê 9% de reajuste em janeiro de 2025 e 5% em abril de 2026, além de reestruturação dos cargos. O governo federal também prometeu revogar uma portaria de 2020 que elevou a carga horária mínima semanal para os docentes.
Os servidores estavam parados desde o dia 15 de abril. Depois dos funcionários dos institutos de educação, os professores das universidades federais também decidiram encerrar a greve. Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), as atividades serão retomadas na quarta-feira, quando a entidade deve assinar um acordo com o Ministério da Gestão e Inovação.
Por outro lado, a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) decidiu, na sexta-feira, 21, rejeitar a proposta do governo e manter a paralisação.
“Não tenho medo de reitor”
Em um evento no Maranhão, ainda em meio à greve dos servidores da educação, Lula afirmou não ter medo de reitores. “Vocês estão lembrados de um presidente que nunca recebeu um reitor na vida dele. Nunca recebeu um reitor. Eu, em só 1 ano e 7 meses, já convidei duas reuniões de todos os reitores das universidades e dos institutos federais do Brasil porque não tenho medo deles”, disse na sexta-feira, 21. Durante a última reunião com reitores, o presidente declarou que não havia motivo para seguir com a paralisação, disse que a proposta era “irrecusável” e cobrou “coragem” dos sindicatos.