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Promotor recomendará semiaberto a madrasta de Isabella Nardoni

Laudos psicológicos e psiquiátricos classificaram como ‘nula’ a chance de reincidência de Anna Carolina Jatobá

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 21h08 - Publicado em 19 jun 2017, 10h29

Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte da enteada Isabella Nardoni, pode ser transferida para o regime semiaberto, segundo informação exibida pelo programa Fantástico, da TV Globo, neste domingo. A defesa da presidiária entrou em abril com um pedido para a concessão do benefício, que deve ser recomendada pela direção do presídio de Tremembé, onde Anna Carolina está atualmente, e pelo promotor do caso. A expectativa é que a decisão final ocorra em dez dias.

Condenada a 26 anos e oito meses de prisão pelo homicídio qualificado da menina de 5 anos, Anna Carolina está presa desde 2008. A defesa alega que, como os dias de cadeia dela foram reduzidos em quase dois anos, uma vez que ela trabalha como costureira na penitenciária, ela já cumpriu 2/5 da pena e é possível migrar para o semiaberto.

Segundo o parecer da equipe técnica apresentado pelo programa, os laudos psicológico e psiquiátrico apontam que “a possibilidade de reincidência [da detenta] é nula”. A psicóloga responsável afirma que Anna Carolina tem nível intelectual acima da média. Segundo a presidiária, nos últimos nove anos em que esteve reclusa, ela aprendeu a ser mais paciente.

“Não me sinto culpada nem arrependida, porque sou inocente”, disse a madrasta de Isabella durante a avaliação, segundo o documento. Ela e o pai da menina, Alexandre Nardoni, que pegou a sentença de 30 anos e dois meses de prisão, teriam sido cúmplices na morte de Isabella. Anna Carolina teria asfixiado a criança até que ela perdesse a consciência e Alexandre, pensando que estava morta, teria jogado a filha ainda com vida pela janela do prédio em que moravam, na capital paulista.

Semiaberto

Na prisão, Anna Carolina divide a cela com outras oito mulheres. Segundo o programa, além de trabalhar como costureira, ela fez curso de panificação e eletricista e, se conseguir o regime semiaberto, pretende estudar moda e abrir sua própria confecção. O benefício permitiria que ela saísse durante o dia para trabalhar e voltasse apenas para dormir no presídio. Ela também teria direito às saídas em datas especiais, como o próximo Dia dos Pais e o Dia das Crianças.

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“Quero estar com meus filhos. Vou morar em São Paulo ou uma cidade do litoral, trabalhar e tentar viver minha vida. Gostaria que um dia minha vida pudesse voltar ao normal. Gostaria de desenvolver o meu lado espiritual e ajudar as pessoas”, disse a madrasta de Isabella. Ela e Alexandre Nardoni têm dois filhos, de 10 e 12 anos.

De acordo com o psiquiatra que fez a avaliação, ela assimilou a gravidade do ocorrido, possui valores éticos e morais e é capaz de manter controle sobre sua agressividade.

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