Quatro mulheres são vítimas de feminicídio em São Paulo
Em todos os casos, criminosos tiveram ou tinham relacionamento com as vítimas; dois foram presos, um se suicidou e outro ainda está foragido
Quatro vítimas de feminicídio morreram neste feriado prolongado no estado de São Paulo, segundo a Secretaria de Segurança Pública. Dois autores dos crimes foram presos, um se suicidou após o crime e outro está foragido. O caso mais recente ocorreu em Bonsucesso, distrito de Guarulhos. Richardson Jonhnison Silva, 30 anos, matou a ex-namorada Ellen Bandeira de 22 anos, na madrugada deste domingo. Segundo testemunhas, Richardson foi até a casa de Ellen e disparou com arma de fogo contra ela.
A vítima foi levada para o Hospital Municipal Pimentas, mas não resistiu e morreu. O autor dos disparos tentou se esconder em uma igreja, mas foi encontrado e detido por policias militares ainda na madrugada de domingo. O caso foi registrado como homicídio com agravante de feminicídio no 4° Distrito Policial.
Outro caso foi na região do Campo Limpo, zona sul da capital paulista. José Manuel da Silva, 47 anos, foi preso em flagrante após matar a ex-mulher Renata Solange de Souza, de 35 anos, na noite de sexta-feira. A vítima foi levada para o Hospital do Campo Limpo, onde morreu.
A polícia encontrou José com a ajuda de uma testemunha, que indicou o local onde o autor do crime se encontrava. José, ao ser surpreendido, confessou o crime e indicou a localização da arma usada, um revólver calibre 38 com numeração raspada, que foi apreendida. O caso foi registrado no 89° Distrito Policial como homicídio com agravante de feminicídio e posse ilegal de armas de fogo.
Na cidade de Sumaré, interior paulista, houve o terceiro caso, um homicídio seguido de suicídio. Evandro Humberto Ruzza, 45 anos, matou a esposa Renata Basso Beisna, 46 anos, na manhã de sexta-feira. O casal estava em processo de separação e Evandro não morava mais no imóvel onde Renata foi morta. O marido pediu para que os dois filhos fossem para a casa do vizinho, matou a esposa e se matou em seguida. Quando a polícia chegou, encontrou os corpos e o revólver calibre 38.
A quarta mulher morta foi a ajudante geral Sheron Chaves Monteiro, 34 anos, incendiada pelo marido, o serralheiro Alex Alexandre Ferreira, 42 anos, que está foragido. O crime foi na manhã do dia 8 de outubro, na casa do casal, em Parelheiros, zona sul da capital paulista. Noite anterior ao crime, um primo da vítima foi até a casa de Sheron e ouviu as discussões. A mulher foi levada para o Hospital do Grajaú, onde passou a semana internada para tratar as queimaduras pelo corpo, mas morreu na madrugada do sábado. O caso foi registrado como feminicídio no 101° Distrito Policial.