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Rocinha volta a ter tiroteio; oito escolas vão suspender aulas

Após um domingo relativamente calmo, tiros voltam a ser ouvidos na comunidade, que está sob fogo cruzado de traficantes e ocupada por policiais e militares

Por Da Redação
24 set 2017, 22h25

Depois de um dia calmo – o primeiro em uma semana -, a comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, voltou a registrar troca de tiros, no fim da tarde desde domingo (24). Policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) afirmaram que o tiroteio não deixou feridos.

Desde a sexta-feira, a favela é alvo de operação das Forças Armadas com a Polícia Militar. O objetivo é prender traficantes ligados a Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, e Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, que disputam o tráfico local. Na véspera, confrontos entre criminosos, policiais e militares ocorreram na favela e em outros pontos da cidade. Três suspeitos morreram, nove foram presos e pelo menos 18 fuzis foram apreendidos, além de granadas, munições e drogas.

Nas redes sociais, foram compartilhadas neste domingo fotos que seriam de casas invadidas ilegalmente por policiais e militares na Rocinha. São imagens de portas arrombadas e casas reviradas, acompanhadas de relatos de supostas agressões verbais e físicas contra moradores e de roubo de pertences pessoais, como celulares e pares de tênis.

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse neste domingo que desconhece informações sobre essas invasões. “Eu não tenho informação sobre isso. Estou em contato permanente com muitos moradores que conheço da Rocinha. A PM, com o Batalhão de Choque, o Batalhão de Operações Especiais, o Batalhão de Cães, fica o tempo que for necessário para continuarmos com as apreensões de drogas e fuzis e levar paz àquela comunidade. Ainda tem muita informação que chega ao setor de inteligência”, declarou.

Escolas

Por medida de segurança, pelo menos oito escolas, entre públicas e particulares, localizadas na região da Rocinha não funcionarão nesta segunda-feira (25) por causa da ocupação policial e militar da favela. Cinco escolas, duas creches e um Espaço de Desenvolvimento infantil (EDI) ficarão fechadas, deixando sem aulas cerca de 2.500 alunos.

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Instituições privadas de ensino situadas nos arredores da comunidade, como Teresiano, Escola Parque e Escola Americana, na Gávea, já avisaram que também não vão funcionar nesta segunda. A Escola Americana anunciou que as aulas estão suspensas até quarta-feira.

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