O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ser contra a possível alteração da meta fiscal de 2017. “A minha posição é de que a meta fiscal fique onde está. Não é correto gerar mais R$ 30, 40, 50 bilhões de gastos para a população pagar”, escreveu Maia em sua conta no Twitter. A meta atual prevê déficit de 139 bilhões de reais nas contas públicas, mas aliados do presidente Michel Temer o pressionam para aumentar o rombo.
Maia, o primeiro parlamentar na linha sucessória da presidência, considera que o governo precisa encontrar soluções sem aumento de gastos. “Todo mundo tem o seu orçamento e precisa viver dentro do seu orçamento. A União, os Estados e municípios também. Se nós não temos condição de cumprir a meta, que se construa as soluções (sic), mas não aumentando os gastos”, declarou.
O governo tem um buraco de aproximadamente 10 bilhões de reais para cobrir no Orçamento de 2017 e pode recorrer à alta de tributos ou ao aumento da meta fiscal. Na sexta-feira, Maia já havia se mostrado contra o aumento da meta, no mesmo evento em São Paulo no qual garantiu que haverá quórum suficiente na Câmara dos Deputados para votar, na próxima quarta-feira, a denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB).
“Temos um rombo fiscal gravíssimo no Brasil e precisamos votar a denúncia [contra Temer] para que possamos voltar ao tema das reformas, porque com elas vamos conseguir superar esse déficit fiscal”, declarou, na ocasião.