RS: Pimenta estuda transferir verba para família que acolher desabrigados
Ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul quer descentralizar grandes abrigos públicos
O ministro da recém-criada Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, afirmou neste domingo, 19, que estuda transferir recursos para famílias ou entidades que acolherem pessoas desabrigadas pelas enchentes no estado.
Para Pimenta, o grande desafio do governo é a agilidade para resolver as questões habitacionais. Ele afirmou que discute mudanças em uma portaria para permitir que a verba seja destinada a quem fizer o acolhimento, em vez de transferir para as prefeituras.
Segundo o ministro, atualmente o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome destina 20.000 reais a cada grupo de 50 pessoas acolhidas em abrigos públicos no Rio Grande do Sul, o equivalente a 400 reais por pessoa, além de fornecer cestas básicas.
“Se eu abrigo quatro pessoas na minha casa, no espaço que eu tenho, vou receber 1.600 reais por mês de uma forma solidária. Com isso, a gente tentar trabalhar com a perspectiva de descentralizar esses grandes abrigos”, explicou em entrevista ao canal de YouTube Barão de Itararé.
Pimenta ressaltou, porém, que algumas questões logísticas ainda estão em discussão, pois as famílias que receberiam os desabrigados não teriam obrigação de fornecer alimentação, água e medicamentos. “Meu trabalho é percorrer o estado, ir às comunidades, conversar com as pessoas e entidades para, juntos, a gente pensar respostas que ainda não temos”, disse.
Balanço da Defesa Civil
Desde o início das enchentes, a Defesa Civil contabiliza 155 mortos, 89 desaparecidos e 806 feridos. As chuvas afetam 463 municípios do estado e 2,3 milhões de pessoas. Quase 77 mil estão em abrigos e mais de 540 mil estão desalojados. Foram resgatadas mais de 82 mil pessoas e cerca de 12,2 mil animais.