Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Segurança que matou jovem no Extra tem condenação por agressão

Davi Ricardo Moreira Amâncio foi sentenciado a três meses de prisão por agredir uma ex-companheira; hipermercado é palco de protesto

Por Da Redação 17 fev 2019, 23h52

Davi Ricardo Moreira Amâncio, de 32 anos, acusado pela morte de Pedro Henrique Gonzaga, de 25 anos, no hipermercado Extra, na Barra da Tijuca, na quinta-feira, 14, não poderia atuar na atividade de segurança privada. Amâncio, que trabalha há pouco mais de um ano na empresa Groupe Protection deveria ter apresentado certidões negativas de antecedentes criminais. De acordo com reportagem exibida pelo programa Fantástico, da TV Globo, neste domingo, 17, ele já havia sido condenado a três meses de prisão por lesão corporal depois de agredir uma ex-companheira.

O laudo do IML aponta que a morte do jovem foi causada por estrangulamento. Imagens exibidas pelo Fantástico mostram que o segurança permaneceu sobre Pedro Henrique por pelo menos sete minutos, apesar dos apelos da mãe da vítima. As imagens e o depoimento de uma testemunha à polícia mostram que o segurança respondeu dizendo que a mãe estava mentindo.

O Extra, que pertence ao Grupo Pão de Açúcar, informou que os seguranças envolvidos foram definitivamente afastados e que instaurou uma sindicância interna para acompanhar as investigações.

À reportagem do Fantástico, o advogado da Groupe Protection declarou que a checagem da ficha criminal cabe à Polícia Federal e não à empresa. A exigência faz parte da portaria nº 3.233/2012, do Ministério da Justiça, que regula a atividade de segurança privada.

O segurança informou depois à polícia que ficou fazendo peso em cima de Gonzaga, no chão, porque pensava que o jovem fingia um desmaio. Ele negou ter aplicado o mata-leão (tipo de golpe em que o opositor é estrangulado). Amâncio vai responder por homicídio culposo, ou seja, sem intenção de matar. Ele foi liberado pela polícia após prestar depoimento e pagar fiança de R$ 10 mil.

Continua após a publicidade

Manifestação

Um protesto contra a morte de Pedro Henrique levou dezenas de pessoas ao estacionamento do hipermercado na tarde deste domingo, 17. A manifestação foi convocada por vários grupos de ativistas, ligados principalmente ao movimento negro e contou com a presença da ex-governadora Benedita da Silva (PT) e do ator Aílton Graça.

O grupo começou a se reunir pela manhã no estacionamento. Munidos de cartazes com os dizerem “Vidas negras importam” e “Minha cor não é um crime”, pediam o boicote à rede. Alguns clientes que chegavam para fazer compras desistiram de entrar depois de abordados por manifestantes.

Em nota, o Extra lamentou o episódio e informou que os seguranças envolvidos foram afastados. A empresa instaurou sindicância interna para acompanhar as investigações.”Independentemente do resultado da apuração dos fatos, nada justifica a perda de uma vida”, declarou a empresa.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.