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Reinaldo Azevedo

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Sérgio Cabral vira réu pela quarta vez

Ex-governador do Rio é acusado pela procuradoria por 184 crimes de lavagem de dinheiro; juiz aceitou a denúncia no mesmo dia em que foi oferecida

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 21h02 - Publicado em 14 fev 2017, 21h04
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  • Na VEJA.com:

    O juiz federal Marcelo da Costa Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, aceitou no início da noite desta terça-feira mais uma denúncia oferecida pela Ministério Público Federal contra o ex-governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) — esta especificamente, acusa-o de 184 crimes de lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Eficiência, desdobramento da Lava Jato no Estado. Com isso, o peemedebista virou réu pela quarta vez — três ações penais tramitam no Rio e uma em Curitiba.

    Além de Cabral, tornaram-se réus no processo mais dez pessoas, entre elas a ex-primeira-dama fluminense Adriana Ancelmo, os doleiros e irmãos Marcelo e Renato Chebar, os operadores financeiros Carlos Miranda, Carlos Bezerra, Sérgio Castro de Oliveira, Álvaro José Galliez Novis e Ary Ferreira da Costa Filho, o sócio de Adriana Ancelmo Thiago de Aragão Gonçalves e o ex-assessor de Cabral Francisco de Assis Neto.

    Cabral e Adriana estão presos em Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, Zona Oeste do Rio.

    Na denúncia, a procuradoria classifica Cabral como “chefe de uma organização criminosa” e se baseia nas delações premiadas dos irmãos Chebar, doleiros e operadores financeiros do ex-governador no exterior. Em seus acordos de colaboração, os dois listaram operações de lavagem de dinheiro relacionadas ao esquema de corrupção liderado por Sérgio Cabral que somam 357,5 milhões de reais, dos quais 39,7 milhões de reais no Brasil e 317,8 milhões de reais no exterior.

    Conforme os investigadores, o dinheiro foi desviado de obras do governo do Rio de Janeiro durante a gestão do ex-governador, entre 2007 e 2014, como a reforma do Maracanã para a Copa do Mundo, a construção do Arco Metropolitano e o PAC das Favelas. As apurações das operações Calicute e Eficiência apontam que Cabral cobrava 5% de propina sobre os contratos, enquanto assessores próximos, como os ex-secretários estaduais Wilson Carlos e Hudson Braga, cobravam 1%, a título de “taxa de oxigênio”.

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