Relâmpago: Revista em casa por 8,98/semana

Serviço de ‘gatonet’ do Comando Vermelho é alvo de operação da polícia no Rio

Corporação tem mandados de busca e apreensão em quatro municípios do estado para desarticular esquema

Por Lucas Mathias Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 jun 2025, 10h02

A Polícia Civil do Rio realiza, na manhã desta terça-feira, 24, uma operação contra o monopólio ilegal de internet, fornecida em favelas comandadas pelo Comando Vermelho. Apelidado de “gatonet”, o serviço tem sido imposto à força em comunidades dominadas pela facção, junto à interrupção do fornecimento por empresas legalizadas, de modo a aumentar os lucros do crime organizado. Os agentes cumprem mandados na capital carioca e nas cidades de Duque de Caxias, na Baixada, São Gonçalo, parte da Região Metropolitana, e Cabo Frio, na Região dos Lagos fluminense. 

Batizada de “Operação Cabo de Guerra”, a ofensiva busca apreender documentos, mídias digitais, equipamentos de rede e registros financeiros capazes de comprovar os crimes praticados e ampliar o mapeamento da rede criminosa. De acordo com as investigações da Polícia Civil, traficantes do Comando Vermelho têm ameaçado moradores para impor, de forma coercitiva e violenta, seu serviço por meio de equipamentos furtados e veículos descaracterizados. 

Nas favelas sob o seu domínio, o Comando Vermelho fornece inclusive suporte logístico e operacional para os provedores clandestinos, embora tais serviços sejam alvos de reclamações recorrentes de moradores, em razão da instabilidade e da impossibilidade de contestações. 

Na comunidade do Jardim Primavera, em Duque de Caxias, por exemplo, foi flagrada a destruição de cabos de fibra óptica de provedores legítimos por pessoas vinculadas às empresas clandestinas do Comando Vermelho. A retirada à força de profissionais de outras empresas por membros da organização criminosa também foi vista na Praça Seca, Zona Oeste carioca, e em outro ponto um depósito guardava equipamentos de rede furtados. 

Para que os veículos usados para o fornecimento desses serviços clandestinos não fossem rastreados, membros do Comando Vermelho também vinha adquirindo carros em leilões de seguradoras — uma tática comum, segundo a polícia, para camuflar bens utilizados em crimes. Na estrutura das empresas ilegais, também foi verificada uma organização clara que passava desde a execução operacional, até a logística dos serviços, junto ao controle territorial e à sabotagem de concorrentes. 

A operação é conduzida pela Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) e pela 21ª DP (Bonsucesso), com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e de unidades do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE).

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Ofertas exclusivas para assinatura Anual.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.