Suspeito na morte de advogado foi nomeado na Alerj após crime
Eduardo Sobreira Moraes passou a ocupar cargo no Departamento de Patrimônio da Casa Legislativa quatro dias depois do assassinato
![Suspeito de atuar no assassinato do advogado morto no Rio, Eduardo Sobreira Moraes ganhou cargo na Alerj dias depois do crime](https://beta-develop.veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/03/Eduardo-Sobreira-Moraes.jpg?quality=90&strip=info&w=331&h=400&crop=1)
Apontado como um dos suspeitos de participar do assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo, Eduardo Sobreira Moraes foi nomeado para um cargo na Assembleia do Rio quatro dias após o crime. Ele foi alvo nesta segunda-feira, 4, de um mandado de prisão em operação da Polícia Civil e já é considerado foragido. Segundo a corporação, Moraes teria atuado na vigilância da vítima nos dias anteriores ao crime e na data em que Crespo foi executado. A Alerj afirma, em nota, que o exonerou assim que tomou conhecimento do fato.
O assassinato aconteceu no dia 26 de fevereiro. Já no dia 1° de março, a última sexta-feira, foi publicada a nomeação de Moraes no Diário Oficial como Assistente IX no Departamento de Patrimônio. A data que consta no documento é do dia anterior, 29. A informação foi publicada inicialmente pela coluna de Lauro Jardim, de O Globo, e confirmada por VEJA.
![Nomeação Eduardo Sobreira DO A nomeação de Eduardo Sobreira Moraes no Diário Oficial do Estado do Rio](https://beta-develop.veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/03/Nomeacao-Eduardo-Sobreira-DO.jpg?quality=90&strip=info&w=425)
A nomeação foi feita pela Mesa Diretora da Alerj, e assinada tanto pelo presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União), quanto pelo 1º secretário, Rosenverg Reis. Em nota, a Assembleia afirmou que “assim que tomou conhecimento sobre o caso e antes mesmo de ter sido realizada a posse, a Alerj tornou o ato de nomeação sem efeito em publicação no Diário Oficial”.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, Eduardo Sobreira Moraes teria feito o monitoramento do advogado, o que se estendeu até horas antes do assassinato, em um carro disponibilizado pelo policial militar Leandro Machado da Silva. O agente também foi alvo de mandado de prisão, é apontado como o responsável pela logística do crime e chegou a ser preso no passado por ligação com uma milícia de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.