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Técnicos detectam manchas de petróleo na foz do Rio São Francisco

Segundo o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas, chegada do óleo à região poderia ter sido evitada com o uso de barreiras de contenção no mar

Por Da Redação Atualizado em 10 out 2019, 13h41 - Publicado em 10 out 2019, 12h11

Técnicos ambientais detectaram nesta quarta-feira, 9, manchas de óleo na foz do Rio São Francisco, em Piaçabuçu, Alagoas, na divisa com o estado de Sergipe. O governo sergipano pretendia instalar boias que seriam cedidas pela Petrobras para barrar o avanço do produto, mas descobriu que não havia equipamentos disponíveis. Segundo o Instituto do Meio Ambiente alagoano, a chegada do óleo à região poderia ter sido evitada com o uso de barreiras de contenção no mar.

As investigações, conduzidas pela Marinha e pela Polícia Federal, sobre a origem do petróleo concentram-se em 23 embarcações suspeitas, de diversas origens. O trabalho passa por cruzar rotas mais usadas no transporte de petróleo e a direção que as toneladas de óleo derramado tomaram até chegar às praias brasileiras.

A hipótese de que o petróleo lançado no mar brasileiro seja fruto de um naufrágio está praticamente descartada. Uma das linhas de investigações considera o tráfego de “navios-fantasmas”, embarcações criminosas de piratas que atuam no contrabando de petróleo. O governo continua a tratar do tema com sigilo. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que, “se trata de um navio estrangeiro”, sem dar detalhes.

Salles afirmou que tem atuado para conter os danos e recolher o material que chega às praias. Mais de 100 toneladas de borra já foram recolhidas. O trabalho é de difícil execução, porque o petróleo não avança sobre a lâmina d’água, mas no fundo do mar, até chegar ao litoral. Até o momento, Ceará e Sergipe passaram a identificar praias impróprias para banho por causa do óleo.

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“A grande questão é agir rápido, resolver o problema, não ficar buscando culpados”, afirmou Márcio Nele, do Programa de Pós-Graduação da Coppe/UFRJ. Especialistas destacam que o Brasil já dispõe de um Plano Nacional de Contingência. “Cada lugar tem as suas especificidades, suas particularidades”, ressalta o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Gerenciamento Costeiro da UFRS João Luiz Nicolodi.

(Com Estadão Conteúdo)

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