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Temer desiste de pedir suspensão do inquérito no STF

No sábado, os advogados do presidente entraram com um pedido no STF para que a investigação fosse paralisada

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 Maio 2017, 18h02 - Publicado em 22 Maio 2017, 16h46
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  • A defesa do presidente Michel Temer desistiu nesta segunda-feira de pedir a suspensão do inquérito instaurado contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa — as acusações se basearam na delação premiada do dono da JBS, Joesley Batista. O pedido para paralisar a investigação havia sido protocolado pelos advogados do presidente no último sábado, quando o presidente fez um duro pronunciamento desqualificando as provas levantadas contra ele no processo.

    Segundo a defesa de Temer, o objetivo do pedido era levar a Justiça a fazer uma perícia no áudio em que Joesley grava o presidente durante um encontro, que não consta na agenda oficial, ocorrido na noite do dia 7 de março, no Palácio do Jaburu, em Brasília. Após a movimentação da defesa e com a anuência da Procuradoria-Geral da República, o ministro do STF Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na corte, determinou a análise do material. Com isso, a defesa não viu mais razão de prosseguir com o pedido.

    “À luz dessa determinação e do novo contexto fático por ele criado, a defesa avalia estar satisfatoriamente atendido seu pleito. A suspensão requerida dizia respeito apenas à necessidade de priorizar a perícia”, escreveu na petição o advogado e amigo pessoal de Temer, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira.

    Com a retirada do pedido de suspensão, a defesa agora pretende solicitar ao STF que arquive o inquérito assim que for concluída a perícia da gravação. Segundo a defesa, Temer quer encerrar a investigação o mais rápido possível. “O presidente da República é o maior interessado na rápida e cabal elucidação dos fatos”, diz a petição.

    Nesta segunda-feira, os advogados do peemedebista também anunciaram que contrataram uma perícia particular para avaliar a integridade do áudio. O material está sendo examinado oficialmente pela Polícia Federal, que ainda não definiu um prazo para entregar os resultados da análise.

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