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Terceiro hospital de campanha é inaugurado no Rio de Janeiro

Erguida na área externa do Maracanã, a unidade abre as portas com 170 leitos, 50 deles de UTI, para pacientes com a Covid-19

Por Sofia Cerqueira Atualizado em 9 Maio 2020, 18h36 - Publicado em 9 Maio 2020, 18h35
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    Prometido para o dia 30 de abril, o Hospital de Campanha do Maracanã, voltado para atender pacientes da Covid-19 no Rio de Janeiro, começará a receber pacientes neste sábado, 9, à noite. Construída na área externa do estádio de futebol, a unidade funcionará, inicialmente, com capacidade para 170 leitos, 50 deles de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A previsão do governo do estado é que os outros 230 leitos prometidos para aquele hospital sejam entregues à população ao longo da próxima semana. Ao todo, dos 400 novos leitos, 160 serão de UTI. O hospital do Maracanã, construído em 38 dias, receberá pacientes internados nas redes municipal, estadual e federal, que serão encaminhados para lá por meio da Central Estadual de Regulação. A nova unidade vem reforçar o sistema público de saúde do Rio que já está no limite da sua capacidade, em meio à pandemia. Só nesta sexta-feira, havia 442 pacientes de coronavírus graves aguardando um leito com respirador e mais 800 na espera por uma internação.

    As equipes médicas que trabalharão no Hospital de Campanha do Maracanã contarão com dois equipamentos de tomografia computadorizada e aparelhos de ultrassom, raio-X portátil e hemodiálise. A grande novidade, anunciou o governo do estado, será um computador que permitirá aos pacientes internados conversar por videoconferência com os parentes em casa. “Desde o início da pandemia, o Governo do Estado tem trabalhado para aumentar a capacidade da rede estadual para atender a população com dignidade. Os hospitais de campanha serão fundamentais na luta contra a Covid-19 e vão ajudar a desafogar o nosso sistema de saúde. É também muito importante contar com o apoio da iniciativa privada”, afirmou o governador Wilson Witzel.

    Com o intuito desafogar a rede hospitalar existente, Witzel havia declarado que entregaria até o fim de maio nove hospitais de campanha, totalizando 1.800 novos leitos. O primeiro deles, o da Lagoa-Barra, na Zona Sul do Rio, foi inaugurado no último dia 25, com apenas 30 leitos. Hoje já há 101 pacientes internados no local, 70 deles em leitos de UTI. A previsão do secretário de Saúde do Rio, Edmar Santos, é que na próxima segunda-feira a unidade, construída pela Rede D’Or, esteja em pleno funcionamento, totalizando 200 leitos. O governo do estado também anunciou para o próximo dia 11 a inauguração do Hospital de Campanha Parque dos Atletas, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Inicialmente, o local contará com 80 leitos, 40 deles de UTI. Enquanto a Covid-19 faz do Rio o segundo estado com o maior número de mortes no país (1.503 até hoje), falta ainda entregar mais seis hospitais de campanha – Duque de Caxias, São Gonçalo, Campos, Casemiro de Abreu, Gericinó e Nova Friburgo.

    Além das unidades temporárias abertas pelo governo do estado no Leblon e no Maracanã, o Rio de Janeiro já conta com um hospital de campanha no Riocentro, Zona Oeste da cidade, inaugurado pela prefeitura no dia 1º de maio. Ele foi entregue com 100 dos 500 leitos previstos para o local e, como os geridos pelo estado, recebem pacientes provenientes das redes municipal, estadual e federal, pelo sistema de regulação de vagas.

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