Trump ou Biden? Eleição nos EUA divide opiniões no governo Bolsonaro
Assessor palaciano está confiante na reeleição do presidente americano. Já o chanceler não está tão otimista assim
Nas últimas semanas, o assessor especial da presidência Filipe Martins, responsável pela área internacional do Palácio do Planalto, passou a ser procurado por diversos integrantes do governo Bolsonaro para responder a mesma pergunta: o presidente americano Donald Trump será reeleito no dia 3 de novembro?
Martins se tornou para os bolsonaristas uma espécie de guru da política dos Estados Unidos após ter acertado em cheio a vitória inesperada de Trump nas eleições americanas em 2016. Naquele ano, o jovem estudante estava no último período do curso de Relações Internacionais e decidiu mergulhar na análise da campanha do então candidato do partido Republicano, que, nas pesquisas, aparecia atrás da democrata Hillary Clinton.
Devido ao seu retrospecto e ao acesso a integrantes da Casa Branca, Martins se tornou uma bússola para alguns integrantes do governo. Embora menos empolgado que nas eleições de 2016, o assessor especial da presidência tem dito que, ao que tudo indica, Trump deverá ser reeleito.
Nem todo mundo do governo Bolsonaro, porém, está tão otimista assim. Em uma conversa recente com um ministro, o chanceler Ernesto Araújo confessou que está inseguro com o resultado das eleições americanas. Para ele, o candidato democrata Joe Biden “tem apresentado, até o momento, maior chance de vitória”.
Outro ministro, preocupado com o desfecho das eleições americanas, perguntou para Bolsonaro qual será o plano B caso Trump seja derrotado. “Não temos plano B”, respondeu o presidente, encerrando o papo.