A Petrobras e os seus seguidos reajustes no preço dos combustíveis (necessários, em parte, para reverter a sangria financeira do passado) viraram alvo do descontentamento dos brasileiros com relação ao governo. A greve dos caminhoneiros, a respeito do caos que causou, contou com o apoio da maior parte da população. Existe a sensação, entre os eleitores, de que a empresa e o Planalto estão socializando uma conta que deveria ser quitada pelos corruptos.
Bem-sucedida, a revolta pôs contra a parede uma das principais conquistas do governo de Michel Temer, que foi justamente a recuperação financeira da estatal. A crise eclodiu no momento em que a Petrobras havia reassumido o posto de empresa brasileira mais valiosa na bolsa.
Sob o comando do executivo Pedro Parente, ela reverteu prejuízos, cortou dívidas, bateu recordes de produção e vinha sendo recompensada com uma forte alta de suas ações. No entanto, de uma hora para outra, a maré virou novamente. O governo cedeu às pressões e anunciou a redução no preço do diesel, fazendo ruir o discurso de que a empresa teria a autonomia preservada. Em questão de dias, as ações perderam quase um terço de seu valor.
Para entender o que está no horizonte da estatal, ouça o ‘Última Edição’:
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