Usuários criam campanha de boicote à Uber após decreto de Trump
Companhia foi acusada de "furar" greve de taxistas que protestava contra Trump em Nova York
Uma campanha de boicote à Uber iniciada neste sábado (29) está se espalhando pelas redes sociais.
A mobilização começou após acusações de que o serviço de transporte teria “furado” uma greve de taxistas em Nova York, organizada em protesto ao decreto de Donald Trump que veta a entrada de imigrantes de países muçulmanos nos Estados Unidos. As informações são do site Mashable.
Durante as manifestações de repúdio que tomaram conta do aeroporto John F. Kennedy, a Associação dos Taxistas de Nova York anunciou que não iria trabalhar durante uma hora.
Após anunciar que o “preço dinâmico”, dispositivo que regula o valor da corrida de acordo com a demanda, havia sido desativado no aeroporto, a empresa foi acusada de “furar” greve para se aproveitar da suspensão das atividades dos taxistas.
Usuários do Twitter também criticaram o fato de Travis Kalanick, o CEO da Uber, fazer parte do conselho estratégico de Trump.
Nas redes sociais, partidários do boicote postaram prints do momento em que apagam o aplicativo de seus smartphones, acompanhados da hashtag #deleteuber.
Em nota, a Uber afirmou que não houve intenção de interromper qualquer greve.
“Lamentamos qualquer confusão sobre o tweet postado pela Uber durante o final de semana – não houve a intenção de interromper qualquer greve. Queríamos que as pessoas soubessem que poderiam pedir um Uber a preços normais para chegar e sair do aeroporto JFK, em Nova Iorque, especialmente no sábado à noite”, disse a empresa, em nota.
A companhia informou, ainda, que irá fornecer suporte jurídico para os motoristas afetados pela medida, criar um fundo de defesa legal de US$ 3 milhões para ajudar os motoristas com serviços de imigração e tradução. A Uber também se comprometeu a “incitar o governo para restabelecer o direito dos residentes norte-americanos de viajar – independentemente de seu país de origem – imediatamente”.