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Vacinação contra a febre amarela começa com muitas dúvidas

Campanha com dose fracionada teve início nos estados de SP e RJ, com a previsão de imunizar cerca de 15,3 milhões de pessoas contra a doença

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 25 jan 2018, 17h59 - Publicado em 25 jan 2018, 13h55
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  • O primeiro dia de vacinação contra a febre amarela com a dose fracionada na capital paulista começou filas ainda na madrugada. Na Zona Leste, muitas pessoas buscaram a Unidade Básica de Saúde (UBS) sem a senha distribuída pela Secretaria Municipal de Saúde nas residências e não puderam ser atendidas. A campanha teve início nesta quinta-feira 25 e tem como foco vinte distritos das zonas Leste e Sul da capital, além de outros 53 municípios do estado. A previsão é vacinar 8,3 milhões de pessoas no estado.

    No Rio de Janeiro, a campanha também teve início nesta quinta-feira. Sete milhões de pessoas devem receber a dose fracionada da vacina contra febre amarela em todo o estado — foram liberados mais de 5 milhões de reais para o combate da doença em 29 municípios. No estado, não haverá distribuição de senha e as pessoas devem ir para a fila para tomarem a dose. A Bahia também vai participar da campanha, mas em datas diferentes: entre os dias 19 de fevereiro e 8 de março. No estado, serão vacinadas 2,5 milhões de pessoas com dose fracionada e 813.000 com dose padrão em com dose padrão.

    Filas

    Na cidade de São Paulo, as 160 UBSs de vinte distritos das zonas Leste e Sul funcionam no feriado do aniversário da cidade especialmente para a campanha de vacinação. Os demais postos de saúde, até mesmo os que estavam oferecendo a vacina até a quarta estarão fechados nesta quinta, de acordo com a Secretaria Municipal da Saúde.

    A meta é vacinar mais de 3 milhões de pessoas nos vinte distritos que serão alvo da campanha. Os demais bairros serão incluídos na ação a partir de março. A princípio, a medida emergencial acontecerá em vinte distritos da capital das zonas Leste (Cidade Líder, Cidade Tiradentes, Guaianases, Iguatemi, Parque do Carmo, São Mateus e São Rafael) e Sul (Capão Redondo, Cidade Dutra, Grajaú, Jardim São Luís, Pedreira, Socorro, Campo Limpo, Vila Andrade, Cursino, Sacomã, Jabaquara e Cidade Ademar).

    Na capital paulista, só poderão receber o imunizante os moradores desses distritos que receberam as senhas em casa. A distribuição teve início na terça-feira, mas o primeiro dia de vacinação teve formação de filas ainda na madrugada, com pessoas que foram às unidades de saúde sem senha. Segundo a prefeitura, quem não recebeu a senha poderá apresentar o comprovante de residência na unidade.

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    Conforme calendário definido pela Secretaria Estadual da Saúde, a mobilização vai até o dia 17 de fevereiro, devendo atingir cerca de 8,3 milhões de paulistas em 54 cidades das regiões da Grande São Paulo, Vale do Paraíba, Baixada Santista e litoral norte. Na capital paulista, porém, a campanha será estendida até o dia 24 de fevereiro.

    Em quarenta cidades onde há concentração de matas, toda a população será vacinada. Nos outros treze municípios, exceto a capital, a vacinação será parcial, apenas para moradores de bairros próximos de áreas rurais, silvestres ou ribeirinhas. Nos sábados 3 e 17 de fevereiro, as prefeituras foram orientadas a manter os postos de vacinação funcionando para o chamado “Dia D” da campanha.

    Interior

    Prefeituras do interior anunciaram que vão ampliar o horário de atendimento para garantir a imunização dos moradores. Em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) abriram a partir das 6 horas, duas horas antes do horário padrão — apesar disso, às 5 horas já havia filas em muitos postos. Um posto terá atendimento exclusivo a quem precisa de avaliação médica para receber a vacina. As unidades também vão abrir excepcionalmente no domingo. A cidade terá 509.000 doses fracionadas, suficientes para imunizar todos os moradores. A campanha vai até domingo.

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    Em Taubaté, na mesma região, a vacinação começou às 8 horas, mas as quatro principais unidades vão atender até as 20 horas — em nenhuma unidade haverá interrupção para o almoço, como acontece normalmente. . A Vigilância Epidemiológica da cidade anunciou na quarta que investiga três casos suspeitos de febre amarelaOutras 36 cidades do Vale do Paraíba e litoral norte de São Paulo já estão aplicando a vacina. Nessa região do estado, a meta é imunizar 2 milhões de pessoas.

    Em Pindamonhangaba, além da vacinação nos postos de saúde, haverá uma unidade móvel em deslocamento pelos bairros urbanos. Equipes de agentes farão visitas às casas, nos bairros rurais. Em Santos, os 22 postos vão distribuir senhas para aplicar a vacina. A prefeitura informou ter recebido 400.000 doses, suficientes para imunizar toda a população, mas vai adotar as senhas para organizar o fluxo nos postos. 

    Em Cubatão, Mongaguá e São Vicente também haverá distribuição de senhas. Durante a campanha, as oito unidades de Praia Grande vão vacinar das 8 às 17 horas — a vacina vinha sendo aplicada apenas no período da manhã. Mongaguá ampliou o número de postos e, nos sábados da campanha, a imunização ocorrerá também nas escolas de Agenor de Campos e Jardim Praia Grande.

    A campanha prossegue até 17 de fevereiro e, aos sábados, as unidades permanecem abertas para mutirões de vacinação. As cidades foram escolhidas conforme critérios da Vigilância Epidemiológica, considerando a proximidade de matas e a circulação de pessoas provenientes de áreas de risco.

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