Vale contrata escritório de advocacia para investigar Brumadinho
Companhia contratou os serviços para que peritos apurem o que motivou a tragédia em Minas Gerais
Por Estadão Conteúdo
1 fev 2019, 01h10
A Vale contratou o escritório de advocacia Skadden, Arps, Slate, Meagher e Flom LLP para auxiliar nas investigações sobre as causas do rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). Segundo a mineradora, o escritório vai selecionar peritos e trabalhar com eles na apuração.
“O escritório prestará assessoria à Vale em várias questões legais decorrentes do rompimento da Barragem I, incluindo em relação a certas medidas que a companhia pode tomar em resposta ao rompimento”, diz a Vale em comunicado.
Segundo a companhia, a comunicação com a Skadden e os trabalhos dos peritos serão protegidos pelo privilégio da relação advogado e cliente, exceto se a Vale dispensar esse privilégio, ou se as autoridades brasileiras apreenderem os registros da mineradora.
A Defesa Civil de Minas Gerais informou no fim da tarde desta quinta-feira 31 que subiu de 99 para 110 o número de mortos na tragédia. Os desaparecidos no desastre, que ontem 259 na última atualização, agora são 238. Já foram identificados 71 corpos até o momento.
Segundo o tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador-adjunto da Defesa Civil de Minas Gerais, o número deve aumentar nos próximos dias, com a continuidade dos trabalhos de resgate.
Ele reiterou que as pessoas da região devem evitar consumir a água do Rio Paraopeba. Godinho também garantiu que não vai faltar água nas cidades próximas. “50 caminhões pipa com 20 mil litros de água potável estão fazendo entregas para todas as pessoas cadastradas na região”.
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VEJA Mercado – terça, 12 de novembro
As pistas do governo Lula sobre cortes de gastos e entrevista com André Perfeito
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em baixa na manhã desta terça-feira, 12. Os integrantes do governo Lula estão dando algumas pistas sobre o famigerado pacote de cortes de gastos que chegou a terceira semana de discussão. Em conversa com jornalistas, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que vai apoiar as propostas e que existe um total alinhamento dentro do governo em relação ao assunto. Já Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social, afirmou que a eficiência e o combate a fraudes em programas sociais já fizeram as despesas previstas de 175 bilhões este ano caírem para 168 bilhões — podendo chegar a 166 bilhões em 2025. O presidente Lula afirmou em entrevista à RedeTv que vai “vencer” o mercado e que “eles falam muita bobagem”. O fato é que o setor público voltou a registrar um déficit de pouco mais de 7 bilhões de reais em setembro. O clima na Faria Lima não é dos melhores. O Ibovespa ficou estagnado e o dólar subiu para os 5,76 reais. Um curioso “efeito Trump” tem interferido nos mercados. O bitcoin ultrapassou a marca dos 82 mil dólares e bateu sua nova máxima história diante impulsionado pelo apoio do presidente eleito aos ativos digitais e pela expectativa de um Congresso composto por legisladores favoráveis ao setor cripto. Já os analistas do UBS-BB cortaram as recomendações para as ações da mineradora Vale diante de um enfraquecimento nos preços do minério de ferro por causa das prováveis retaliações que a China deve sofrer dos EUA no governo Trump. Diego Gimenes entrevista o economista André Perfeito.
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