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Vale instala primeira membrana de contenção no Rio Paraopeba

Barreira é medida preventiva para garantir abastecimento contínuo do município de Brumadinho

Por Da Redação
2 fev 2019, 17h18

A mineradora Vale, responsável pela barragem que se rompeu no dia 25 de janeiro, instalou neste sábado, 2, a primeira membrana no Rio Paraopeba. A barreira foi colocada próximo à captação de água da cidade de Pará de Minas, a cerca de 40 quilômetros de Brumadinho (MG).

De acordo com a Vale, o sistema de captação de Pará de Minas será protegido por três barreiras de retenção. As outras duas devem ser instaladas até amanhã.

“A empresa ressalta que esta é uma medida preventiva, de modo a garantir que o abastecimento de água do município seja contínuo”, diz a nota divulgada pela empresa.

A instalação está prevista no plano de contenção e recuperação apresentado pela Vale no dia 30 ao Ministério Público e aos órgãos ambientais. As medidas visam mitigar os efeitos do rompimento da barragem de Brumadinho em três trechos.

A barreira instalada neste sábado está localizada na terceira parte, que fica entre Juatuba e a Usina de Retiro Baixo. Segundo os estudos, o local tem “potencial de receber os sedimentos ultrafinos”.

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A barreira de contenção tem 30 metros de comprimento, com profundidade de dois a três metros. A estrutura de tecido filtrante evita a dispersão das partículas sólidas, como argila, silte e matéria orgânica, que provocam a turbidez da água.

As cortinas contêm correntes metálicas na parte submersa, que permitem que o tecido permaneça na posição vertical mesmo com o fluxo do rio. Uma boia cilíndrica fica na superfície, o que contribui para a contenção de elementos suspensos na água.

O rompimento da barragem I da Mina Córrego do Feijão deixou 121 mortos, segundo último balanço da Defesa Civil. Ainda existem 226 desaparecidos. Entre os mortos, 93 foram identificados.

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O rompimento da estrutura destruiu, na última sexta-feira, 25, o equivalente a 378 campos de futebol de mata.

Mesmo com inspeções e um sistema de alerta através de sirenes – que, na hora da tragédia, foi engolfado pelos rejeitos, segundo a mineradora – a lama foi mais rápida em devastar todo o entorno da barragem.

(Com Agência Brasil)

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