Arqueólogos descobrem sarcófago enterrado em Luxor, no Egito
Descoberta foi feita no final de uma missão de dois meses e resultados serão estudados em modelos 3D em 2025

Uma equipe de pesquisadores franceses desenterrou em Luxor, no Egito, um sarcófago reenterrado datado do período do Império Médio. A descoberta ocorreu em 16 de dezembro, nos momentos finais de uma expedição arqueológica que durou dois meses, mas só foi anunciada no último domingo (29).
Segundo Frédéric Colin, diretor do Instituto de Egiptologia da Universidade de Estrasburgo, o achado notável lança luz sobre práticas funerárias dos antigos egípcios. “A pesquisa ajuda a compreender como os egípcios lidavam com múmias e túmulos de seus antepassados ao realocar sarcófagos antigos para realizar grandes obras públicas”, afirmou à AFP.
O sarcófago, assim como outros cinco encontrados em 2018 e 2019 na mesma área, foi novamente enterrado. A missão atual visava aprofundar a análise das descobertas anteriores, investigando se os artefatos faziam parte de um cemitério isolado ou de um complexo maior e mais organizado.
Durante o trabalho, os arqueólogos estudaram camadas de terra acumuladas ao longo de mais de três milênios, algumas com até oito metros de profundidade. Três escavações arqueológicas foram realizadas, e a resposta às principais questões começou a emergir apenas no último dia da terceira campanha, quando o sarcófago foi localizado.
A escavação apenas arranhou a superfície da camada onde o sarcófago estava situado, e os trabalhos serão retomados em outubro de 2025. Feito de madeira sob medida, o artefato pertence ao período do Império Médio, que se estende do final do século XXI ao século XVIII a.C.
O conteúdo do sarcófago será analisado na próxima fase, com a colaboração de antropólogos. A equipe planeja utilizar modelagem 3D para registrar todas as etapas do estudo, uma metodologia aplicada desde o início dos trabalhos em 2018.