Neste sábado (11), a cidade de Gridavik, localizada no sudoeste da Islândia, passou por momentos tensos. A Defesa Civil determinou que os 3 mil moradores da região deixassem suas casas e fossem para um povoado de pescadores na redondeza. A operação de evacuação começou na noite de ontem, depois de o Gabinete Metereológico do país bater o martelo e classificar o risco de erupção vulcânica como “considerável”. Há quase quinze dias, a região apresenta alta atividade sísmica, que vem se intensificando com o passar dos dias. Na semana passada, em um só dia foram registrados 1.400 tremores de terra.
A Defesa Civil informou que não foi uma medida de emergência, mas de precaução. Portanto não houve pânico, apenas um sentimento generalizado de desconforto e de apreensão. Ali, nunca se sabe ao certo o que pode acontecer. Com apenas 360 mil habitantes e 103 mil quilômetros quadrados de área, a Islândia é um território com mais de 130 vulcões, portanto propício a esse tipo de situação.
Os moradores estão acostumados com as erupções, quando são leves, tem até certo charme e se transformam e atração turística. Há dois anos,por exemplo, fontes de lavas racharam o solo do vulcão Fagradalsfjall, abrindo uma fissura de 500 a 700 metros de comprimento. O local permaneceu em atividade por semanas, atraindo visitantes que queriam assistir ao espetáculo natural da terra.
Porém, já houve situações críticas como a do vulcão Eyjafjallajokul (pronúncia: eia-fiatla-iocutl), que paralisou o tráfego aéreo de vinte países europeus, em 2010. A fumaça produzida pela explosão das lavas foi tamanha que se espalhou pelo continente impedindo a visibilidade das aeronaves. Outro risco era a fuligem entrar nas turbinas dos aviões o que poderia impedir o bom funcionamento dos motores.
Dificilmente a explosão de um vulcão acontece em um estalar de dedos. É um trabalho crescente. O Eyjafjallajokul entrou em atividade sísmica em 2009, mas as explosões foram acontecer no ano seguinte. Depois de amenizadas, ele ainda permaneceu em atividade por seis meses. Dá para entender o cuidado da Defesa Civil ao esvaziar a cidade de Gridavik.