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Como assistir ao eclipse solar da segunda-feira

Nasa e outras organizações farão transmissão do eclipse total nos Estados Unidos – no Brasil, o fenômeno será parcial e deverá ser observado com proteção

Por Da redação
Atualizado em 21 ago 2017, 14h18 - Publicado em 21 ago 2017, 10h14
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  • Um belo espetáculo celeste vai aparecer nos céus nesta segunda-feira: um eclipse solar. Em grande parte dos Estados Unidos, ele será total e o público poderá observar a Lua cobrindo completamente o Sol, fazendo com que o “dia vire noite” por alguns minutos. No Brasil, o fenômeno será parcial e apenas uma parte de nossa estrela será encoberta pelo satélite – o fenômeno terá melhor visualização em estados do Norte e do Nordeste. Em qualquer lugar, contudo, o eclipse deve ser observado com proteção ocular adequada, como filtros astronômicos ou vidros de máscara de solda.

    Para acompanhar o evento, VEJA consultou astrônomos e separou algumas dicas para quem deseja observar o eclipse:

    Eclipse parcial

    No Brasil, segundo o astrônomo Daniel Mello, do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), quanto mais ao Norte do país, melhor a observação do fenômeno, que precisa de céu claro e limpo para ser visto.

    “As melhores capitais para observação serão Boa Vista, em Roraima, e Macapá, no Amapá, onde o eclipse terá duração aproximada de duas horas e a Lua irá encobrir aproximadamente 40% do Sol”, diz Mello. O evento deve começar por volta das 15h em Boa Vista e às 16h em Macapá. O ápice do fenômeno ocorre cerca de uma hora depois.

    Observadores em São Paulo e no Rio de Janeiro, assim como em estados do Sul, não conseguirão assistir ao espetáculo – e, mesmo nas demais regiões, o fenômeno terá uma dimensão bem menor do que nos Estados Unidos.

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    A dica é ficar de prontidão no início da tarde – uma vez que o horário muda de acordo com a localização geográfica do observador. Nos estados com melhor visualização, o ápice do fenômeno será por volta das 17h. A Nasa elaborou mapas interativos sobre o eclipse — um deles mostra os horários de início e auge do eclipse em todas as cidades do mundo (é preciso fazer a conversão de horários, já que o fuso americano pode ter uma diferença de até cinco horas do nosso), assim como a parcela do Sol que ficará encoberta; o outro traz um simulador que permite observar a posição da Lua em relação ao Sol conforme as horas vão passando, e as horas já estão ajustadas ao horário local.

    Para observar o fenômeno com segurança, é fundamental utilizar proteção ocular. Olhar diretamente para o Sol sem filtros, com óculos escuros ou materiais como chapas de raios-X ou filmes fotográficos pode causar graves danos à visão. As opções são importar um filtro astronômico (que não é comercializado no Brasil) ou comprar uma máscara de solda de tonalidade 14. Óculos, binóculos ou telescópios comuns não devem ser utilizados com essa finalidade, pois são instrumentos que concentram os raios solares e podem causar prejuízos sérios à visão.

    Eclipse total

    Para quem está no Brasil e deseja assistir ao eclipse em sua totalidade, ou seja, ver o Sol 100% encoberto pela Lua, a melhor opção é acompanhar uma das transmissões ao vivo que estão marcadas para a data. A Nasa fará sua própria transmissão, com imagens de diversos pontos localizados no chão, no ar (em balões de grande altitude) e no espaço (na Estação Espacial Internacional, ISS).

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    As imagens também serão exibidas em uma gigantesca tela na Times Square, em Nova York. A dica para não perder a transmissão é ficar de olho no site e nas redes sociais da agência espacial americana ou baixar seu aplicativo, que possui versão para os sistemas operacionais Android e iOS. O show de abertura terá início às 13h e o eclipse deve começar por volta das 14h, ambos no horário de Brasília.

    Outros portais que farão acompanhamentos em tempo real são Slooth, grupo que faz transmissões de eventos espaciais, Exploratorium, observatório que participará da cobertura da Nasa, e Time and Date, companhia que fornece informações sobre data e hora ao redor do mundo.

    A Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e o Google também estarão coletando imagens do eclipse para montar um time-lapse, um vídeo curto composto por fotos que mostram a passagem da Lua em frente ao Sol. Eles esperam conseguir fotos de observatórios, astrônomos amadores e até do público em geral para registrar o fenômeno celeste de diversas partes do território americano.

    Outra iniciativa para levar o espetáculo ao público em geral é um projeto desenvolvido pelo Observatório Astrofísico Smithsonian da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, que pretende utilizar sons para trazer uma experiência multissensorial do eclipse às pessoas com deficiência visual. Eles desenvolveram um aplicativo, batizado de Eclipse Soundscapes, que traz descrições em áudio em tempo real e um mapa interativo para que os usuários possam sentir e ouvir as propriedades físicas do eclipse.

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