Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Como lhamas podem ajudar no combate ao coronavírus

Novo estudo aponta que anticorpos produzidos por esses animais têm grande capacidade de bloquear a entrada do vírus em novas células

Por Sabrina Brito Atualizado em 8 Maio 2020, 15h16 - Publicado em 8 Maio 2020, 14h50
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Com a busca por formas de curar a Covid-19 tomando conta de universidades e laboratórios de todo o mundo, pesquisadores da Universidade do Texas em Austin (EUA) podem ter dado um passo em direção a uma resposta — de forma bastante inesperada. Em parceria com o Instituto Nacional de Saúde e a Universidade Ghent (Bélgica), eles publicaram, no último dia 5, um estudo em que exploram a possibilidade de criar um tratamento para o coronavírus que envolve… lhamas.

    Publicada no periódico científico Cell, a pesquisa indica que há dois tipos de anticorpos produzidos por lhamas que, quando combinados, formam um novo anticorpo, capaz de se ligar a uma proteína chave do vírus SARS-CoV-2, causador da doença. Essa proteína é a responsável por permitir que o vírus invada as células que parasitará.

    ASSINE VEJA

    Quarentena em descompasso
    Quarentena em descompasso Falta de consenso entre as autoridades e comportamento de risco da população transforma o isolamento numa bagunça. Leia nesta edição ()
    Clique e Assine

    De acordo com os testes feitos pelos cientistas, o anticorpo criado a partir dos substratos vindos das lhamas é capaz de impedir que o vírus infecte células em cultura. Segundo os pesquisadores, trata-se de um dos primeiros anticorpos conhecidos que podem neutralizar o coronavírus.

    Mas por que lhamas?

    Eram esses animais que os cientistas envolvidos no estudo estavam pesquisando em 2019, quando o foco do grupo era o SARS-CoV-1 e o MERS-CoV, coronavírus mais antigos. No processo, os pesquisadores injetavam os camelídeos com proteínas do vírus, de forma muito parecida com a imunização por meio de vacinas que estamos acostumados a fazer.

    Continua após a publicidade

    Posteriormente, os cientistas coletavam amostras de sangue das lhamas e isolavam os anticorpos desses animais que se conectaram às proteínas dos vírus. Um desses anticorpos apresentou grande potencial de bloquear a entrada do coronavírus nas células a serem parasitadas.

    Já depois da deflagração da nova pandemia, os pesquisadores, juntando duas cópias desse anticorpo, conseguiram criar um novo anticorpo, ainda mais capaz de lutar contra o coronavírus. De acordo com os testes, esse composto parece funcionar muito bem para impedir a infecção de novas células pelo vírus.

    Continua após a publicidade

    O próximo passo é testar o composto em animais como hamsters ou até mesmo primatas não humanos, com a esperança de, em breve, aplicar o anticorpo em pessoas. O tratamento, se comprovado, poderia ajudar indivíduos saudáveis e também aqueles recém-infectados pelo coronavírus.

    Diferentemente de vacinas, que devem ser dadas um ou dois meses antes da possível infecção para de fato proteger o corpo humano, a terapia com anticorpos permite uma imunização quase imediata, podendo até mesmo ser utilizada para tratar doentes e amenizar a gravidade do quadro do paciente.

    (Com Science Daily)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.